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O senador Randolfe Rodrigues (AP) pediu desfiliação da Rede Sustentabilidade, na manhã desta quinta (18), horas depois de criticar a decisão do Ibama de negar um pedido feito pela Petrobras para fazer uma perfuração de teste para explorar petróleo na foz do Rio Amazonas, na altura do seu estado, o Amapá.
A decisão do líder do governo no Congresso foi oficializada através de um comunicado, mas sem esclarecer os motivos da desfiliação. Randolfe disse que a desfiliação é “em caráter irrevogável”, e que tem “gratidão” pelo trabalho desenvolvido no partido.
“Minhas palavras trazem, sobretudo, gratidão. Tenho a certeza que continuaremos juntos, nas lutas por democracia, justiça e na construção de uma sociedade livre da fome e da opressão”, comentou sem citar a qual legenda vai se filiar.
Durante a madrugada, Randolfe postou nas redes sociais uma crítica ao Ibama pela não concessão da licença à Petrobras. Disse que a autarquia não ouviu o governo local e “nenhum cidadão”, e que o povo amapaense “quer ter o direito de ser escutado sobre a possível existência e eventual destino de nossas riquezas”.
“Junto a todas as instâncias do governo federal, reuniremos todos aqueles que querem o desenvolvimento sustentável do Amapá, para de forma técnica, legal e responsável lutarmos contra essa decisão”, completou na postagem.
A rusga com a Rede ocorre em um momento em que a própria ministra do Meio Ambiente, a correligionária Marina Silva, tem se mostrado reticente sobre a exploração de petróleo na região da foz do Rio Amazonas.
“O Ministério do Meio Ambiente não dificulta nem facilita, ele cumpre o que está na lei”, disse em entrevista à GloboNews Nesta quarta (17), afirmando que a exploração é um “processo muito complexo, [...] tem que mostrar viabilidade econômica, social e ambiental”.
A exploração na foz do Amazonas é defendida pelo ministro Alexandre Silveira (PSD), de Minas e Energia, e pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. A alegação é de que a perfuração vai ocorrer a quase 500 quilômetros de distância do local.
Além da crítica ao Ibama, a Rede votou contra a aprovação do regime de urgência da nova regra fiscal, na tarde desta quarta (17), na Câmara dos Deputados. O partido faz parte da base de apoio do governo.