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Eleições na Venezuela

Líder da oposição venezuelana diz que Lula teve “posição nítida” de exigir atas da votação

Maria Corina Machado
Maria Corina Machado agradeceu posicionamento do Brasil por pedir transparência a boletins das urnas. (Foto: Ronald Penã R/EFE)

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A líder da oposição na Venezuela, Maria Corina Machado, afirmou neste final de semana que o governo brasileiro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tiveram uma “posição nítida” ao exigir a divulgação pública das atas de votação da eleição do país.

O governo do ditador Nicolás Maduro vem se recusando a apresentar os boletins de urna mesmo sob a exigência brasileira e de outros países das Américas e Europa. As atas que a oposição venezuelana teve acesso supostamente dariam vitória a Edmundo Gonzaléz Urrutia.

“Como venezuelana, fico muito agradecida pela resposta de alguns governos, de alguma maneira próximos a Maduro --como Brasil, Colômbia e México--, e que assumiram posições muitos firmes para que a verdade eleitoral seja conhecida. Agradeço a posição nítida do governo do Brasil e do presidente Lula, ao exigir que se divulguem os boletins, um a um”, disse Maria Corina à TV Globo neste final de semana.

O governo brasileiro vem sendo constantemente cobrado pela oposição a Lula a se posicionar mais claramente sobre a reeleição questionada de Maduro, proclamada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sem apresentar as atas da votação. Segundo o órgão, Maduro vendeu a eleição com 51,2%, enquanto que Urrutia recebeu 44,2%.

Na última quinta (1º), o Brasil emitiu uma nota conjunta com a Colômbia e o México pedindo que a Venezuela divulgue as atas de votação após “controvérsias sobre o processo eleitoral”.

Em um tom diplomático, o Ministério das Relações Exteriores faz um “chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação”.

“As controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser dirimidas pela via institucional. O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados”, pontuaram as três nações.

A mensagem ainda faz um chamado aos “atores políticos e sociais” a terem cautela nas manifestações públicas que fizerem, para evitar uma escalada de episódios violentos.

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