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PL dos Cassinos

Líderes evangélicos assinam carta de repúdio ao projeto que libera jogos de azar

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Na carta contra o projeto, os pastores destacam preocupações com “efeitos colaterais” de uma eventual liberação dos jogos de azar (Foto: Gazeta do Povo com Dall-E)

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Pastores evangélicos assinaram uma carta de repúdio ao Projeto de Lei (PL) 2.234/2022, que libera os jogos de azar no Brasil. Os líderes que assinam o documento integram o Grupo Aliança e dizem falar “em nome do povo evangélico”.

O projeto está na pauta de votações do plenário do Senado desta quarta-feira (4).

Aprovado pela Câmara no início de 2022 e apoiado pelo governo Lula, que vê na proposta mais uma fonte de receitas - o projeto é defendido pela maioria dos líderes partidários e incentivado por grupos estrangeiros, com grande chance de ser aprovado.

Na carta contra o projeto, os pastores destacam preocupações com “efeitos colaterais” de uma eventual liberação dos jogos de azar.

São citados riscos de “endividamento da população, vícios relacionados aos jogos, golpes através de sites irregulares, lavagem de dinheiro e exploração de vulneráveis”.

“O Brasil enfrenta diversos desafios relacionados à corrupção e à falta de fiscalização em diversos setores, a legalização dos bingos e jogos de azar abriria ainda mais portas para atividades ilícitas, tornando extremamente difícil garantir a transparência e a integridade sobre esse setor”, diz um trecho do documento.

A carta é assinada pelos pastores, Silas Malafaia, Cesar Augusto, Samuel Câmara, Abe Huber, Robson Rodovalho, Marcos Galdino, Abner Ferreira, Estevam Hernandes e Rene Terra Nova

Leia a carta dos pastores na íntegra

“O GRUPO ALIANÇA, em nome do povo evangélico, contrários à PL dos Bingos, cassinos e jogo do bicho, buscando a rejeição desse Projeto de Lei, vem, por meio desta, carta de repúdio, expor o quanto segue:

Considerando: I- Que o Senado incluiu na pauta do plenário da próxima quarta-feira (dia 04) a votação do PL dos Cassinos, projeto de lei que objetiva legalizar um extenso rol de jogos de azar, além dos cassinos, bingos e jogo do bicho;

II- A preocupação com os efeitos colaterais, tais como: endividamento da população, vícios relacionados aos jogos, golpes através de sites irregulares, lavagem de dinheiro e exploração de vulneráveis; 

III- O retrocesso na gestão e cuidado com a população, gerando problemas sociais e econômicos que não podem ser ignorados;

IV- Os impactos devastadores nas famílias, sobretudo aos mais pobres; 

V- Que o vício não é apenas um problema individual, mas social e de políticas públicas, afetando a saúde mental, financeira e até mesmo a segurança familiar;

VI- O Brasil enfrenta diversos desafios relacionados à corrupção e à falta de fiscalização em diversos setores, a legalização dos bingos e jogos de azar abriria ainda mais portas para atividades ilícitas, tornando extremamente difícil garantir a transparência e a integridade sobre esse setor; 

VII- Que precisamos priorizar políticas públicas que promovam o bem-estar social e combatam veementemente a vulnerabilidade, e não medidas que agravam problemas já existentes;

Pelo exposto é que o GRUPO ALIANÇA, representantes dos evangélicos, entende que deva ser rejeitado o pretenso Projeto de Lei dos Bingos, cassinos e jogo do bicho, visando a proteção aos cidadãos dos efeitos nocivos dessa proposta, cuja solução responsável se faz necessária para não comprometer o futuro de inúmeras pessoas e seus familiares”.

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