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Em defesa da Gleisi Hoffmann

Lindbergh rebate Haddad, critica déficit zero e defende manutenção da gastança do governo

Deputado federal Lindbergh Farias (PT " RJ) (Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados)

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O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) rebateu neste domingo (10) a declaração dada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que “déficit não faz crescer”, após um embate do ministro com a sua namorada, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR). De acordo com o petista, o déficit aparece em momento de "desaceleração econômica" e "não gera crescimento".

“De fato, déficits aparecem com mais frequência em momentos de desaceleração econômica. Agora é inquestionável que estímulos fiscais em situações de baixo crescimento como devemos enfrentar em 2024 tem sim um papel enorme no crescimento do PIB. Meta de déficit zero em 2024 pode levar a um contingenciamento de 53 bi em obras do PAC. Vamos cortar Minha Casa Minha Vida? Cortar investimentos públicos?”, escreveu Lindbergh pela rede X.

Tanto Lindbergh como Gleisi Hoffman vinham pressionando nas últimas semanas para que o governo mudasse a meta de déficit fiscal zero para um déficit de ao menos 0,5% do PIB na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas Haddad resistiu e convenceu Lula a manter o objetivo de equilíbrio das contas.

Durante conferência do PT, realizada no sábado (9), Gleisi criticou a insistência de Haddad pelo déficit zero e disse que o governo "não pode deixar ter contingenciamento no Orçamento, nem de investimentos, nem nos programas sociais". Porém, o ministro discordou da afirmação e citou rombos recentes que não necessariamente resultaram em aquecimento da economia.

Para Lindbergh, a meta que o governo Lula deve perseguir é "a meta de crescimento médio de 4% ao ano". Ele citou uma postagem do economista Olivier Blanchard, ex-economista chefe do FMI, sobre o risco de "graves recessões e a ascensão de partidos populistas" no caso da eliminação dos déficits primários. "Blanchard não é de esquerda, é um liberal e hoje considerado um dos maiores macroeconomista do mundo. Ele fala do risco politico de tentar reverter déficits em superávits de forma abrupta e levar a desaceleração econômica e vitória de governos de extrema direita. Não brinquemos com fogo", escreveu o petista.

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