Lira anuncia apoio a Hugo Motta para a Presidência da Câmara

Em pronunciamento à imprensa, na manhã desta terça-feira (29), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou apoio à candidatura do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para sucessão na Presidência da Câmara. 

“Estou convicto de que o candidato com maiores condições políticas de construir convergências no parlamento é o deputado Hugo Motta, nome que demonstrou capacidade de aliar pólos aparentemente antagônicos com diálogo, leveza e altivez”, disse Lira.

“Estou certo de que Hugo Motta, deputado experiente em seu quarto mandato e que viveu e vive de perto os desafios que perpassam a nossa gestão, vai saber manter a marcha da Câmara dos Deputados seguindo essa mesma receita que tantos bons frutos deu ao Brasil”, completou.

Em outro trecho do discurso, Lira citou a tramitação do PL da anistia aos presos do 8 de janeiro (Projeto de Lei 2858/22), que foi retirado por ele da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O relatório do projeto seria discutido e votado nesta terça-feira (29).

De acordo com Lira, o “tema deve ser debatido pela Casa, mas não pode, jamais, pela sua complexidade, se converter em elemento de disputa política, especialmente no contexto das eleições futuras para Mesa Diretora”.

A eleição para a Presidência da Câmara ocorrerá no começo de 2025. Motta concorrerá com os deputados Antônio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA).

PL da anistia

Em despacho, na segunda-feira (28), Lira determinou a criação de uma comissão especial para analisar a proposta. Na prática, a decisão faz com que a discussão do projeto volte ao início. 

O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) prometeu ao PT que deixaria o projeto da anistia de fora da campanha eleitoral na Câmara. Segundo Motta, caberia a Lira resolver o assunto até o fim deste ano.

Já o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tem condicionado o apoio do partido à candidatura de quem se comprometer com a aprovação do PL da anistia. Valdemar também negocia a inclusão do nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na proposta.