O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira (21) que não pretende se posicionar sobre a sua sucessão e nem declarar apoio a candidato A ou B, por enquanto. Ele sinalizou que só deve fazer isso após o 2º turno das eleições municipais, marcado para domingo (27).
“Não é momento para a gente estar falando de sucessão na Câmara, pelo menos agora. Nós vamos ter oportunidade ainda. O 2º turno vai passar, a gente vai esperar o resultado das eleições e aí a gente se posiciona”, disse o parlamentar aos jornalistas.
A declaração de Lira ocorreu depois da abertura da 24ª edição da Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, em São Paulo, em que ele participou ao lado do candidato à presidência da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Apesar de não oficializar o apoio, Motta aparece como o "queridinho" de Lira entre os seus aliados.
Com a entrada no páreo de Hugo Motta, considerado por muitos parlamentares como um político hábil e com bom trânsito tanto nas alas mais ligadas à esquerda quanto à direita, a disputa pela sucessão, que só ocorre em fevereiro de 2025, ganhou novos contornos, ameaçando os dois outros principais postulantes à presidência: os baianos Antônio Brito, do PSD; e Elmar Nascimento, do União Brasil. Até então, Nascimento era tido como o preferido de Lira para sucedê-lo.
Mas enquanto aguardavam o anúncio oficial de Arthur Lira sobre o nome que ele irá apoiar, Brito e Nascimento foram pegos de surpresa com acenos do atual presidente na direção do líder do Republicanos.
Aos jornalistas, Lira negou qualquer suposição de apoio a Elmar Nascimento e criticou a especulação da imprensa. "Eu vou falar e me pronunciar no momento adequado. Todos especularam, há mais de 1 ano, toda a imprensa, que meu candidato era Elmar Nascimento, que é meu amigo pessoal", disse.
"Eu nunca falei nem para você, nem para imprensa nenhuma, nem para deputado nenhum, qual era o candidato. Porque, de novo, eu tenho todos na mais alta conta, todos têm condição de representar o Parlamento”, declarou Lira.
O presidente Lula também já deu sinais que não pretende opinar sobre as eleições no Congresso Nacional. Na última quinta (17), ele reafirmou que “não vai se meter” na escolha do sucessor de Lira.
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