O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (29) os últimos 16 ministros que faltavam para fechar o primeiro escalão do novo governo na Esplanada a partir de 1º de janeiro. Lula deixou para esta terceira leva os nomes indicados de partidos aliados de centro, como PSD, MDB e União Brasil, que ajudaram a articular a aprovação da PEC fura-teto, na semana passada. Outras legendas aliadas, como PV, Avante, Pros e Solidariedade, não foram contempladas com ministérios.
Ao todo, o governo Lula será composto por 26 ministros homens e 11 mulheres – será a maior representação feminina no primeiro escalão de um governo na história política do Brasil. Os 16 ministros anunciados são (por ordem alfabética):
- Ana Moser (sem partido), no Ministério do Esporte;
- André de Paula (PSD), no Ministério da Pesca e Aquicultura;
- Alexandre Silveira (PSD), no Ministério de Minas e Energia;
- Carlos Fávaro (PSD), no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
- Carlos Lupi (PDT), no Ministério da Previdência;
- Daniela Carneiro (União Brasil), no Ministério do Turismo;
- General Gonçalves Dias, no Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Jader Barbalho Filho (MDB), no Ministério das Cidades;
- Juscelino Filho (União Brasil), no Ministério das Comunicações;
- Marina Silva (Rede), no Ministério do Meio Ambiente;
- Paulo Pimenta (PT), na Secretaria de Comunicação;
- Paulo Teixeira (PT), no Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar;
- Renan Filho (MDB), no Ministério dos Transportes;
- Simone Tebet (MDB), no Ministério do Planejamento;
- Sônia Guajajara (Psol), no Ministério dos Povos Originários;
- Waldez Góes (PDT), no Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional;
O anúncio dos últimos nomes do primeiro escalão do novo governo ocorreu no gabinete de transição montado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, e já tinha nomes conhecidos divulgados recentemente por interlocutores da equipe. Entre eles, a ex-ministra e deputada eleita Marina Silva (Rede), sinalizada por Lula para o Ministério do Meio Ambiente no último sábado (24), e a senadora e ex-presidenciável Simone Tebet (MDB), que aguardava por um ministério desde o começo da formação do novo governo.
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Negociações atrasaram o anúncio final do time de ministros
A indicação dos últimos 16 ministros do novo governo Lula só saiu agora, a apenas três dias da posse, por conta das difíceis negociações com os partidos que o ajudaram a se eleger – além dos que entraram na base depois da eleição.
Na primeira leva de ministros, divulgada no começo do mês, Lula se concentrou em aliados de confiança para ministérios estratégicos, como Fernando Haddad (PT) na Fazenda, José Múcio Monteiro na Defesa; Flávio Dino (PSB), na Justiça; Rui Costa (PT), na Casa Civil; e Mauro Vieira, nas Relações Exteriores. A indicação do mandatário da Fazenda era, inclusive, uma forte cobrança do mercado financeiro.
Já no segundo anúncio, o presidente eleito contemplou o seu próprio partido, aliados de esquerda, como o PCdoB e o PSB de seu vice Geraldo Alckmin, e nomes mais técnicos e acadêmicos. No entanto, deixou de fora Tebet e Marina, que o ajudaram ativamente durante a campanha e pleiteavam estar entre os novos ministros desde o primeiro anunciados.
Em especial Tebet, que terminou a eleição presidencial em terceiro lugar e pretendia assumir o Ministério do Desenvolvimento Social, o que a ajudaria a aumentar seu capital político para disputar novamente a eleição de 2026. No entanto, a pasta é considerada estratégica pelo PT por cuidar de políticas assistencialistas, como o Bolsa Família, o que gerou um desgaste entre ela, Lula e o partido.
"Ela é uma companheira que teve um papel estratégico na campanha. Foi adversária no primeiro turno, mas uma aliada extraordinária no segundo turno", disse Lula ao confirmar Tebet como ministra do Planejamento nesta quinta.
Já a indicação definitiva de Marina Silva ao Meio Ambiente também atrasou por conta das negociações envolvendo Tebet, com quem poderia ter de dividir forças na condução do ministério e a futura Autoridade Climática. Com a indicação de Marina para a pasta ambiental, Lula costurou um acordo com Tebet para que ela fosse para o Planejamento, numa estratégia de o petista acenar para o mercado financeiro.
Lula escolhe para ministros nomes do PSD, MDB e União Brasil
Por fim, o xadrez político ainda precisava contemplar nomes de partidos como o PSD, União Brasil e MDB, que o apoiaram em diferentes momentos da eleição e da transição. Cada partido ficou com três pastas. O PSD e o MDB entraram na “frente ampla” de Lula no segundo turno da disputa, enquanto o União Brasil aceitou fazer parte da base a partir da votação da PEC fura-teto.
No caso do União Brasil, por exemplo, as indicações a ministros foram costuradas pelo senador Davi Alcolumbre (AP). Ele foi responsável, por exemplo, pelo nome de Waldez Góes, que atualmente está filiado ao PDT, mas vai se filiar ao União Brasil em janeiro. O nome dele foi colocado na mesa depois que a senadora eleita por Tocantins, Dorinha, declinou do convite feito por Alcolumbre para representar o partido no Ministério da Integração.
Ao confirmar o nome de Goés como ministeriável, Lula afirmou que ele será responsável por costurar o apoio do União Brasil ao novo governo. Nos bastidores, integrantes da sigla afirmam que as indicações não são do partido, mas sim escolhas pessoais do presidente eleito e de Alcolumbre.
Quem são os novos ministros
Veja abaixo um perfil dos novos ministros anunciados por Lula:
Simone Tebet - Planejamento
Terceira colocada na disputa presidencial deste ano, Simone Tebet é filiada ao MDB e entrou para a política em 2002 como deputada estadual do Mato Grosso do Sul. Formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, a advogada e professora universitária também foi prefeita de Três Lagoas, sua cidade natal, e vice-governadora do Mato Grosso do Sul, antes de ser eleita como senadora em 2014.
No Senado, tornou-se a primeira mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, função que exerceu entre 2019 e 2020. Em 2021, ganhou projeção midiática por seu trabalho na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que investigou as ações do governo federal em resposta à pandemia.
Foi sua atuação na CPI que a colocou no radar para disputar a Presidência da República em 2022. No segundo turno, a emedebista foi uma das principais aliadas de Lula e responsável pela articulação do petista em em estados do Sudeste, como São Paulo e Minas Gerais, por exemplo.
Ainda durante a campanha, Simone chegou a defender a criação de programas robustos de transferência de renda e negociou com Lula a adesão do petista a uma de suas promessas de campanha: a criação de uma espécie de bolsa destinada a estudantes do Ensino Médio. A senadora também reivindica uma ação federal que reduza as filas na saúde.
Renan Filho - Transportes
Primogênito do senador Renan Calheiros (MDB-AL), Renan Filho começou sua carreira política em 2004, quando foi eleito prefeito do município de Murici, na Zona da Mata Alagoana. Foi reeleito em 2008, mas deixou o posto em 2010, quando disputou uma cadeira de deputado federal.
Em outubro de 2014, foi eleito governador de Alagoas pela primeira vez com mais de 52% dos votos, tornando-se o mais jovem governador da história do estado. Quatro anos depois, em outubro de 2018, conseguiu reeleger-se ao governo com quase 80% dos válidos.
Já na disputa deste ano foi eleito senador pelo estado de Alagoas. Sua indicação para um ministério de Lula foi costurada pelo seu pai, um dos principais articuladores para que o MDB integrasse a base de apoio do petista a partir de 2023.
Jáder Filho - Cidades
Empresário e presidente do diretório do MDB no Pará, Jader Filho, é integrante de uma das famílias mais tradicionais da política paraense. O emedebista é irmão do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e filho do senador Jader Barbalho (MDB-PA) e da deputada Elcione Barbalho (MDB-PA).
Historicamente, o senador Jader Barbalho faz parte do núcleo mais fiel de apoiadores de Lula dentro do MDB. Além disso, o governador do Pará, Helder Barbalho, foi um dos fiadores da ida do irmão para a pasta.
Além da influência familiar, um dos fatores para a escolha do empresário para a pasta foi de que o Pará tem a maior representação dentro da bancada: 9 dos 42 deputados federais eleitos pelo MDB são do estado.
Carlos Fávaro - Agricultura
Integrante da bancada do agronegócio no Senado, Carlos Fávaro é senador filiado ao PSD e um dos interlocutores de Lula com o segmento produtivo. Antes de entrar para a política, Fávaro foi vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), em 2010, e presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), de 2012 a 2014.
Na disputa eleitoral de 2014 foi eleito vice-governador no primeiro turno, na chapa encabeçada por Pedro Taques, recebendo 57,25% dos votos. Em abril de 2016, foi nomeado secretário de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, cargo que ocupou até dezembro de 2017. No ano seguinte, em 2018, disputou uma cadeira do Senado, mas acabou ficando em terceiro lugar, atrás da juíza Selma Arruda (PSL) e Jayme Campos (DEM).
Em 2020, no entanto, a Justiça eleitoral cassou o mandado da juíza Selma, e Fávaro disputou a eleição suplementar para o Senado, onde venceu com quase 26% dos votos. Recentemente, Lula agradeceu trabalho do senador na campanha."[Quero agradecer] pela coragem de vir pro nosso lado e defender aquilo que nosso governo fez", disse.
André de Paula - Pesca e Aquicultura
Filiado ao PSD e deputado federal por Pernambuco, André de Paula tem 61 anos, foi vereador em Recife entre 1989 e 1991 e também foi deputado estadual em entre 1991 e 1999. Após assumir uma vaga na Câmara Federal, afastou-se do cargo para assumir a Secretariua de Produção Rural e Reforma Agrária de Pernambuco, permanecendo na função até 2022.
Ele também já ocupou a secretaria de Cidades em gestões do PSB naquele estado. Nas eleições de 2022, ele chegou a lançar sua pré-candidatura ao Senado, mas acabou preterido por Teresa Leitão (PT).
Alexandre Silveira - Minas e Energia
Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, em julho de 1970, Alexandre Silveira é formado direito, e ingressou como delegado da Polícia Civil mineira em 1997. Já em 2003, foi convidado pelo então vice-presidente José Alencar para assumir o cargo de Coordenador Geral da 6ª Unidade de Infraestrutura Terrestre do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em Minas Gerais. Um ano depois, foi promovido ao cargo de diretor-geral.
Isso porque, depois de atuar como delegado em várias comarcas do Estado, Alexandre Silveira foi convidado, em 2003, pelo então vice-presidente José Alencar para assumir o cargo de Coordenador Geral da 6ª Unidade de Infraestrutura Terrestre do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em Minas Gerais. Um ano depois, foi promovido ao cargo de diretor-geral.
Sua carreira política começou em 2006, quando foi candidato a deputado federal e conquistou a vaga na Câmara dos Deputados com quase 148 mil votos. Em 2010, disputou a reeleição e teve quase 200 mil votos, a quarta maior votação do estado.
Em 2014, a convite de Antonio Anastasia, foi o seu suplente na candidatura ao Senado. E em 2018, foi coordenador geral da campanha de Anastasia ao governo mineiro, bem como do candidato ao Senado Rodrigo Pacheco. Com a eleição de Pacheco para a presidência do Casa, foi indicado para ser o diretor jurídico da Casa. Silveira assumiu o mandado de senador em dezembro do ano passado, quando Anastasia foi indicado como ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Neste ano chegou a disputar a cadeira do Senado, mas acabou ficando em segundo lugar com pouco mais de 30% dos votos. No segundo turno, Silveira foi um dos principais articuladores da campanha de Lula no estado mineiro.
Waldez Goés - Desenvolvimento Regional
Waldez Goés nasceu em Gurupá, no Pará, e tem 61 anos. É técnico agrícola e disputou sua primeira eleição em 1990 para o cargo de deputado estadual. Atualmente é governador do Amapá e, em 2020, enfrentou um apagão de vários dias em todo o estado.
Góes foi reeleito deputado estadual em 1995. Ele concorreu à prefeitura de Macapá em 1996, mas perdeu para Aníbal Barcelos. Em 2002, foi eleito governador do Amapá e foi reeleito em 2006. Goés deixou o cargo em abril de 2010 para concorrer ao cargo de senador.
Em 2014, foi eleito pela terceira vez ao cargo de governador e se reelegeu-se em 2018.
Juscelino Filho - Comunicações
Natural de São Luís, capital do Maranhão, José Juscelino dos Santos Rezende Filho é médico especializado em Radiologia pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem – Ultra X, em São José do Rio Preto, em São Paulo.
Atualmente, na Câmara dos Deputados, o deputado é presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e da Subcomissão Permanente de Previdência Social, além de membro titular da Comissão de Seguridade Social e Família.
O deputado coordena a bancada maranhense no Congresso Nacional, composta por 18 deputados federais e três senadores. Juscelino Filho também tem atuação relevante no União Brasil, no qual é vice-presidente nacional e presidente do partido no Maranhão.
Daniela Carneiro - Turismo
Daniela Carneiro é casada com o prefeito de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, Wagner Carneiro, o Waguinho, que coordenou a campanha eleitoral de Lula na Baixada Fluminense e é presidente do União Brasil no Rio e Janeiro.
Aos 46 anos, ela foi professora do Ensino Fundamental e secretária de Educação do Rio. Também ocupou a pasta de Assistência Social em Belford Roxo, o oitavo maior colégio eleitoral do estado, com mais de 360 mil eleitores.
Deputada mais votada do Rio de Janeiro, com 213 mil votos, teve seu apoio e o do marido disputado pelas campanhas de Lula e Bolsonaro antes do segundo turno. Em outubro, o casal decidiu apoiar Lula na disputa pela Presidência.
Sônia Guajajara - Povos Originários
Deputada federal eleita por São Paulo, Sônia Guajajara (PSol) é uma indígena maranhense, que se destacou nacionalmente pelos ativismos indígena e ambiental, estando na linha de frente na luta contra vários projetos que ameaçam os direitos e a vida dos povos indígenas, bem como o meio ambiente. Neste ano, por exemplo, ela foi incluída na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista Time.
Sônia também é reconhecida internacionalmente, por causa das dezenas de denúncias que já fez na Organização das Nações Unidas (ONU), no Parlamento Europeu e nas Conferências Mundiais do Clima (COP), de 2009 a 2021, sobre violações de direitos indígenas. A maranhense já viajou mais de 30 países do mundo na luta pelos seus ideais.
Nascida na Terra Indígena Araribóia, no Maranhão em 1974, Sônia é do povo Guajajara/Tentehar. Filha de pais analfabetos, aos 15 anos foi convidada para cursar o ensino médio no Estado de Minas Gerais. Depois ela voltou para o Maranhão e, em 1991 ela formou em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e, em 2003 se formou em Enfermagem, também pela UEMA. Já em 2005 ela fez pós-graduação em Educação Especial.
Ana Moser - Esportes
Ana Moser é fundadora do Instituto Esporte e Educação (IEE), ONG criada em 2001 com objetivo de atender crianças e adolescentes com uma metodologia de esporte educacional, além de formar professores e estagiários. O órgão nasceu do projeto Ana Moser Sports, que visava a formação de atletas baseado no ensino de vôlei em escolas públicas e privadas.
Natural de Blumenau, Santa Catarina, Ana Moser foi titular da seleção brasileira de vôlei feminino nas Olimpíadas de Seul, com apenas 20 anos de idade. Participou também dos Jogos de Barcelona, em 1992, e quatro anos mais tarde conquistou o bronze em Atlanta. Ela também ajudou o Brasil a levar o ouro três vezes no extinto Grand Prix de Voleibol (1994, 1996 e 1998), e foi prata no Pan de Havana (1991).
Carlos Lupi - Previdência Social
Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, é um dos principais aliados do ex-ministro Ciro Gomes e chega ao governo Lula com a missão de aproximar o partido do governo petista. Essa será a segunda vez que o pedetista fica à frente de uma pasta em governos do PT, em 2007 assumiu o Ministério do Trabalho e Emprego no governo Lula da Silva e mantido na pasta pela presidente Dilma Rousseff.
Lupi foi um dos principais articuladores para que Ciro Gomes não abrisse mão de sua candidatura à Presidência mesmo diante da pressão de integrantes do PDT para que a legenda apoiasse Lula ainda no primeiro turno. Com a derrota de Gomes, o presidente do PDT foi convidado pela presidente nacional do PT, deputa Gleisi Hoffmann para coordenar a campanha de Lula no segundo turno.
Antes de comandar o PDT, Carlos Lupi foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro em 1990. No ano seguinte acabou se licenciado para assumir o posto de secretário de transportes da prefeitura do Rio e depois foi convidado para ser secretário de governo do estado do Rio.
Nas eleições de 2006, foi candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro, ficando em sexto lugar, com 1,52% dos votos. m 2014, candidatou-se ao Senado pelo Rio de Janeiro, ficando em quinto lugar, com 3,09% dos votos.
General Gonçalves Dias - GSI
GDias, como é conhecido o General Gonçalves Dias, atuou no comando da segurança pessoal do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre 2003 e 2009. Na época, ficou conhecido como “sombra” de Lula, ao estar ao lado do petista em todos os deslocamentos, de compromissos oficiais a programas mais amenos, como pescaria.
Durante a transição, GDias foi indicado para integrar a equipe do grupo temático na área de inteligência estratégica. Por ser militar, GDias é também um dos conselheiros e interlocutores de Lula junto as Forças Armadas.
Paulo Texeira - Desenvolvimento Agrário
Atual secretário-geral nacional do PT, Paulo Teixeira participou do grupo de transição do governo na área de Justiça e Segurança Pública, além de ter sido reeleito como deputado federal por São Paulo. O político também foi líder do partido na Câmara dos Deputados em 2011.
Durante a campanha eleitoral que elegeu Lula à Presidência, Teixeira assumiu a assessoria jurídica do PT e tinha uma boa articulação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na carreira política, o petista também tem passagens como secretário municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano de São Paulo e diretor-presidente da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo.
Paulo Pimenta - Secretaria de Comunicação
Deputado federal pelo PT do Rio Grande do Sul desde 2003, Paulo Pimenta é formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria e teve a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, com a principal fiadora de sua candidatura à Secom. O novo secretário de comunicação tem posições críticas à imprensa. Em discurso na Câmara em novembro, Paulo Pimenta criticou o governo de Jair Bolsonaro e afirmou que a imprensa era cúmplice do presidente.
O petista foi líder do PT na Câmara de 2018 a 2020. Durante sua atuação parlamentar, uma das iniciativas do deputado foi a apresentação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para restabelecer a exigência de diploma de jornalista para exercer a profissão. A obrigatoriedade do diploma de jornalista foi derrubada por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Na época, o deputado argumentou que era preciso formação técnica para exercer a profissão.
Marina Silva - Meio Ambiente
Marina foi ministra do Meio Ambiente de Lula entre 2003 e 2008. O retorno à pasta ocorrerá em 2023, 15 anos após deixar o cargo e o Partido dos Trabalhadores, concorrer três vezes à presidência e fundar o partido Rede Sustentabilidade.
A reaproximação de Lula com Marina se deu durante a campanha eleitoral deste ano. Marina foi vereadora em Rio Branco (AC), deputada estadual, senadora por dois mandatos. A política foi filiada ao PT e passou por PV e PSB antes de integrar a Rede Sustentabilidade.
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