Presidente afirmou ainda que o ano será de fortalecimento da democracia contra o que ele considera como fake news.| Foto: reprodução/Canal Gov
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta (7) que o ano de 2025, que ele considera como “colheita” das políticas implantadas em 2023 e 2024, será também o de “derrotar a mentira, a farsa e a fake news”.

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“Esse será o ano para fortalecer a democracia, vamos derrotar a mentira, a farsa, a fake news, porque é isso que nós queremos discutir com o povo brasileiro: melhoria da qualidade de vida do povo e democracia cada vez mais forte para que o povo possa viver cada vez melhor”, disse ao lado do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT-BA).

Lula está na cidade baiana de Paramirim para anunciar investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na área de segurança hídrica do estado, acompanhado de assessores e ministros como Jader Filho (Cidades) e Rui Costa (Casa Civil), entre outros.

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A crítica dele ao que considera como fake news é comumente endereçada ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ele também ataca com frequência ao comparar as duas gestões. As citações mais incisivas fazem parte da nova estratégia de comunicação instituída após a entrada do publicitário Sidônio Palmeira como ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom).

Pouco depois, no segundo ato do mesmo evento, Lula retomou os ataques a Bolsonaro e afirmou que ele "não trouxe uma obra para a Bahia, não trouxe um tijolo pra Bahia".

"Porque a vida inteira ele só soube mentir, só soube contar vantagem, ele nunca fez nada. [...] Ele passou a vida inteira mentindo", completou.

Ainda durante o evento, Lula negou que já tenha começado a campanha à reeleição no ano que vem – que ele é provável candidato – e disse que este ano entregará mais políticas públicas do que nos dois primeiros anos deste mandato. O presidente, no entanto, se contradiz com a cobrança que fez a ministros durante a primeira reunião ministerial do ano, em que disse que "2026 já começou".

“Porque nós temos gente mais calejada, temos ministros mais preparados, temos o apoio incondicional da Câmara e do Senado, que diziam que a gente teria dificuldade que teriam mais gente contra. E nós conseguimos aprovar tudo o que precisava aprovar”, completou Lula.

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Ele ainda falou da necessidade das políticas de segurança hídrica para a produção de alimentos "de qualidade", mas evitou fazer comentários sobre os altos preços cobrados. O tema gerou uma crise interna no governo com críticas a declarações dele.

Essa é a segunda viagem de Lula após retomar a agenda de eventos fora de Brasília quase dois meses depois da cirurgia de emergência a que foi submetido para conter um sangramento intracraniano. Ele esteve no Rio de Janeiro na quinta (6) e afirmou que está plenamente recuperado para viajar pelo país e para fora.

A agenda de viagens faz parte também da nova estratégia para reverter a queda da popularidade do governo desde o ano passado, e que se agravou neste ano com a desaprovação superando a aprovação.

Lula ainda fez fortes elogios ao correligionário governador baiano, a quem classificou o trabalho como “extraordinário”. O governo chama a obra do programa “Água para Todos” entregue nesta sexta (7) de “Adutora da Fé”, que recebeu R$ 43 milhões para executar a primeira etapa da obra.

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De acordo com o governo, a adutora capta água do Rio São Francisco e inclui uma estação elevatória e uma estação de tratamento de água (ETA).

“A segunda, que contará com investimento de R$ 258,7 milhões, beneficiará Bom Jesus da Lapa, Riacho de Santana e Igaporã, além de 53 comunidades rurais. Inicialmente, serão atendidos 97.764 habitantes, e até 2040, 140 mil. A segunda etapa terá extensão total de 95,2 km, ampliando significativamente o abastecimento de água na região”, completou em nota.

Também fazem parte dos anúncios desta sexta (7) a conclusão do sistema de esgotamento sanitário de Paramirim, iniciado em 2011 e a assinatura das ordens de serviço para a implantação da Barragem do Rio da Caixa e do Canal do Sertão Baiano, também para captar água do rio São Francisco.