A viagem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faria ao Chile na próxima sexta (17) e sábado (18) foi oficialmente adiada nesta segunda (13) por causa das enchentes no Rio Grande do Sul.
A confirmação foi dada pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) pela manhã e justifica o adiamento “pela necessidade de acompanhamento da situação das enchentes no Rio Grande do Sul e de coordenação no atendimento à população afetada e nas tarefas de reconstrução”.
Entre os compromissos de Lula no Chile estaria uma reunião com o presidente Gabriel Boric, que já o criticou por falas sobre o conflito da Rússia contra a Ucrânia, em julho do ano passado. Na época, o petista o classificou como “sequioso” e “apressado” e uma suposta falta de experiência política por se posicionar enfaticamente contra a guerra, enquanto que ele adotou, na época, uma postura de neutralidade.
“Eu tenho um respeito infinito e muito carinho por Lula. Mas se me perguntam: 'você quer que a guerra acabe?'. Sim, eu quero que acabe a guerra, e creio que temos que ser muito claros em dizer que estamos em uma guerra de agressão inaceitável”, rebateu Boric pouco depois.
Segundo o Itamaraty, a viagem ao Chile será remarcada quando for possível. Há a informação de que a chancelaria chilena compreendeu a necessidade do adiamento.
Lula afirmou, na última semana, que pretende voltar ao Rio Grande do Sul assim que possível, e que quer visitar todas as cidades mais fortemente atingidas pelas enchentes. Há a expectativa de que ele anuncie nesta segunda (13), junto do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, o acordo para suspender temporariamente o pagamento da dívida bilionária do estado com a União.
“Essa enchente a gente não tem dimensão dela ainda, só vamos ter quando a água voltar à normalidade. E, quando voltar à normalidade, eu quero visitar todos os municípios atingidos para ver o que aconteceu de fato, porque estamos compromissados em fazer com que o Rio Grande do Sul receba, da parte do governo federal, tudo aquilo que tem direito”, afirmou.
Ele também deve anunciar na terça (14) um novo pacote de ajuda à população gaúcha vítima das enchentes que já vitimaram 145 pessoas.
O estado tem 447 municípios atingidos, com 2,1 milhões de pessoas afetadas, sendo 618 mil fora de casa abrigadas em abrigos ou casas de parentes.
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