O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta sexta-feira (6) a comunicação do governo e do PT e prometeu fazer as “correções necessárias”. O petista admitiu que é responsável, em parte, pela falha. Ele cobrou organização na área para divulgar as entregas da gestão, porque “não serão nossos adversários que falarão bem de nós”.
“Há um erro no governo na questão da comunicação, e eu sou obrigado a fazer as correções necessárias para que a gente não reclame que não estamos nos comunicando bem”, disse Lula durante o encerramento do seminário do PT, em Brasília.
“Nesses dois anos de governo, já fiz muito mais entrega de políticas públicas à sociedade do que fiz nos oito anos anteriores. Eu sinto que, cada vez que eu viajo, converso, que atendo ministro que nós não estamos entregando de forma adequada para que a sociedade tenha as informações daquilo que nós fizemos”, relatou Lula.
O chefe do Executivo está em São Paulo e falou aos militantes por videoconferência, pouco depois de chegar do Uruguai, onde participou da Cúpula do Mercosul. Durante o discurso, Lula não citou o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta.
Melhorar a comunicação do governo e do partido é uma das preocupações do presidente para 2025. Ele cobrou organização do partido para evitar o avanço da “extrema-direita” nas redes sociais.
"O PT tem culpa, o meu governo tem culpa, porque a gente não pode permitir, em nenhum momento, que alguém que pense como pensa a extrema-direita no nosso país tenha mais espaço nas redes sociais do que nós, tenha mais informações na internet do que nós e consiga projetar as suas maldades mais do que a gente consegue projetar as bondades que nós fazemos”, enfatizou.
Para Lula, a população não está sendo informada “corretamente” sobre as políticas públicas já executadas. Ele afirmou que o governo deve fazer uma licitação em breve para melhorar a presença digital.
Lula diz que não ficou “nervoso” com 90% de reprovação do mercado
O presidente comentou a pesquisa divulgada pela Quaest na quarta (4) que apontou que 90% do mercado financeiro avalia negativamente sua gestão. O levantamento ouviu 105 agentes do mercado e economistas em meio a críticas sobre a proposta de isenção do Imposto de Renda.
“Eles pensaram que eu fiquei nervoso. Eu não fiquei nervoso, eu fiquei feliz porque eu já ganhei 10% [de apoio], porque antes eram 100% contra mim”, disse Lula. O petista defendeu o pacote de corte de gastos e disse estar “otimista com o que vai acontecer nesse país”.
“Fiquei mais otimista com o lançamento do programa que anunciamos agora, desde a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil até a tentativa de moralizar os benefícios públicos, porque nem tudo é correto. Mas, sobretudo, de a gente cobrar renda das pessoas mais ricas”, reforçou.
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