Sem citar o ministro da Secom, Lula fez mea culpa, criticou a comunicação do governo e do PT e prometeu fazer as “correções necessárias”.| Foto: Jose Cruz/Agência Brasil.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta sexta-feira (6) a comunicação do governo e do PT e prometeu fazer as “correções necessárias”. O petista admitiu que é responsável, em parte, pela falha. Ele cobrou organização na área para divulgar as entregas da gestão, porque “não serão nossos adversários que falarão bem de nós”. 

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“Há um erro no governo na questão da comunicação, e eu sou obrigado a fazer as correções necessárias para que a gente não reclame que não estamos nos comunicando bem”, disse Lula durante o encerramento do seminário do PT, em Brasília. 

“Nesses dois anos de governo, já fiz muito mais entrega de políticas públicas à sociedade do que fiz nos oito anos anteriores. Eu sinto que, cada vez que eu viajo, converso, que atendo ministro que nós não estamos entregando de forma adequada para que a sociedade tenha as informações daquilo que nós fizemos”, relatou Lula.

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O chefe do Executivo está em São Paulo e falou aos militantes por videoconferência, pouco depois de chegar do Uruguai, onde participou da Cúpula do Mercosul. Durante o discurso, Lula não citou o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta.

Melhorar a comunicação do governo e do partido é uma das preocupações do presidente para 2025. Ele cobrou organização do partido para evitar o avanço da “extrema-direita” nas redes sociais.

"O PT tem culpa, o meu governo tem culpa, porque a gente não pode permitir, em nenhum momento, que alguém que pense como pensa a extrema-direita no nosso país tenha mais espaço nas redes sociais do que nós, tenha mais informações na internet do que nós e consiga projetar as suas maldades mais do que a gente consegue projetar as bondades que nós fazemos”, enfatizou. 

Para Lula, a população não está sendo informada “corretamente” sobre as políticas públicas já executadas. Ele afirmou que o governo deve fazer uma licitação em breve para melhorar a presença digital.

Lula diz que não ficou “nervoso” com 90% de reprovação do mercado

O presidente comentou a pesquisa divulgada pela Quaest na quarta (4) que apontou que 90% do mercado financeiro avalia negativamente sua gestão. O levantamento ouviu 105 agentes do mercado e economistas em meio a críticas sobre a proposta de isenção do Imposto de Renda.

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“Eles pensaram que eu fiquei nervoso. Eu não fiquei nervoso, eu fiquei feliz porque eu já ganhei 10% [de apoio], porque antes eram 100% contra mim”, disse Lula. O petista defendeu o pacote de corte de gastos e disse estar “otimista com o que vai acontecer nesse país”. 

“Fiquei mais otimista com o lançamento do programa que anunciamos agora, desde a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil até a tentativa de moralizar os benefícios públicos, porque nem tudo é correto. Mas, sobretudo, de a gente cobrar renda das pessoas mais ricas”, reforçou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]