O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumprirá agenda normal de trabalho nesta semana em Brasília após o acidente doméstico que sofreu no último sábado (19). Ele teve um ferimento na nuca chamado de “corto-contuso em região occipital”, e precisou levar cinco pontos.
Em um primeiro momento, Lula passaria o dia em repouso no Palácio da Alvorada, mas teve reuniões pela manhã com o embaixador Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais, e com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), entre outros, segundo informou a Secretaria de Comunicação Social (Secom) no começo da tarde. Ele ainda tem um encontro à tarde com o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) e com o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Por recomendação médica, Lula cancelou a viagem que faria a Kazan, na Rússia, para participar da cúpula do Brics nesta semana. No entanto, vai acompanhar as reuniões remotamente por videoconferência, enquanto que a delegação brasileira será chefiada pelo ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores.
O médico Roberto Kalil Filho, que cuida da saúde do presidente, afirmou que Lula fará mais exames de acompanhamento da queda ao longo da semana. “Qualquer sangramento cerebral pode aumentar nos dias subsequentes. Então, a observação é importante. Agora, te digo, ele está bem”, disse em entrevista à GloboNews.
Kalil Filho ressaltou que Lula pode seguir com as atividades normais, porém sem viagens longas de avião. “O trauma não foi pequeno, foi grande na região occipital. Inclusive, é um ferimento corto-contuso. Teve que dar pontos e tudo”, ressaltou.
“O que mostra que o trauma foi importante foi que você teve esse chamado contragolpe e uma pequena hemorragia cerebral na região frontotemporal do encéfalo”, completou o médico.
Com o incidente com o presidente, o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) também cancelou a participação no encontro do Brics.
A reunião de cúpula do bloco em Kazan seria o primeiro encontro pessoal entre Lula e o presidente russo, Vladimir Putin, no terceiro mandato do presidente brasileiro. No ano passado, na África do Sul, Putin não compareceu e enviou o chanceler Sergey Lavrov.
A próxima oportunidade de se falarem face a face seria na cúpula do G20, que será realizada em novembro, no Rio de Janeiro. Mas, Putin avisou que não virá ao Brasil dias depois de o procurador-geral da Ucrânia pedir às autoridades brasileiras que cumprissem o mandado de prisão contra ele assim que pisasse no país.
O Tribunal Penal Internacional emitiu o mandado em março de 2023 por conta, entre outros, da invasão ao território ucraniano.
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