O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, na manhã desta terça (12), a construção de 100 novos institutos federais de educação para a formação técnica que vão gerar cerca de 140 mil novas vagas, a maioria delas ligadas ao ensino médio. A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto e teve a participação, entre outros convidados, do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), eleito para presidir a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e um dos mais oposicionistas do governo na casa.
Lula voltou a afirmar que os recursos que destina à educação são “investimentos” e não “gastos”, e disparou contra críticos das ações do governo como bolsas de distribuição de renda. A menção foi feita em relação ao programa “Pé de Meia”, que criou uma espécie de poupança para jovens que cursam o ensino médio.
“Muita gente me diz ‘ah, mas agora o Lula está dando dinheiro. Além de dar dinheiro pra pobre com o Bolsa Família, de dar casa de graça pra quem ganha nada, agora vai dar dinheiro pra estudante’. Vamos dar, porque nós queremos que vocês estudem”, disse durante o lançamento.
Ele também afirmou que a concessão de benefícios sociais é uma “luta que não é fácil” e que “tem muita gente nesse país acostumado a que o dinheiro todo da nação vá só para uma parte da população”. “O restante se passa fome, não tem problema”, afirmou.
Lula ainda voltou a criticar os gastos militares do mundo – na casa dos US$ 3 trilhões – enquanto que há pessoas que passam fome.
O presidente ainda afirmou que a ampliação da quantidade de vagas nos institutos vai proporcionar, principalmente às mulheres, a possibilidade de se ter uma profissão com um salário, que “pode custear a vida dela”.
“Não vai viver, comer, com um homem que não goste dela. Não vai viver por necessidade, por dependência, vai viver a vida dela e vai morar com alguém se ela gostar de alguém. Vai ter a opção dela, ela vai escolher. Ela não vai ficar dependente”, disse.
A meta de construir 100 novos institutos federais terá R$ 3,9 bilhões por meio do Novo PAC, sendo R$ 2,5 bilhões para a instalação de novos campi e R$ 1,4 bilhão para melhorias em unidades já existentes, como a construção de refeitórios, ginásios, bibliotecas, salas de aula e aquisição de equipamentos.
Serão 38 unidades no Nordeste, 27 no Sudeste, 13 no Sul, 12 no Norte e 10 no Centro-Oeste. Os estados que mais terão novas estruturas estão São Paulo (12), Minas Gerais (8) e Bahia (8).
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