O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (22) 16 novos ministros que vão compor o seu governo a partir de 1.º de janeiro. É a segunda leva de nomes que são confirmados pelo presidente. São eles:
- Alexandre Padilha (PT), ministro da Secretaria de Relações Institucionais;
- Márcio Macedo (PT), ministro da Secretaria-Geral da Presidência;
- Jorge Messias, na Advocacia-Geral da União (AGU);
- Nísia Trindade, no Ministério da Saúde;
- Camilo Santana (PT), no Ministério da Educação;
- Esther Dweck, no Ministério de Gestão;
- Márcio França (PSB), no Ministério dos Portos e Aeroportos;
- Luciana Santos (PCdoB), no Ministério de Ciência e Tecnologia;
- Aparecida Gonçalves, no Ministério das Mulheres;
- Wellington Dias (PT), no Ministério do Desenvolvimento Social;
- Margareth Menezes, no Ministério da Cultura;
- Luiz Marinho (PT), no Ministério do Trabalho;
- Anielle Franco, no Ministério da Igualdade Racial;
- Silvio Almeida, no Ministério dos Direitos Humanos;
- Vinícius Marques de Carvalho, na Controladoria-Geral da União (CGU);
- Geraldo Alckmin (PSB), no Ministério da Indústria e Comércio, acumulando com o cargo de vice-presidente.
O anúncio dos novos ministros foi feito em um pronunciamento na sede do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, pouco depois da apresentação do relatório final dos 32 grupos de trabalho do gabinete de transição. Os novos nomes contemplam principalmente aliados de partidos de esquerda que o ajudaram a se eleger, além de petistas e alguns nomes técnicos e acadêmicos.
Mas a nova lista de ministros ainda não inclui nomes de partidos do Centrão que estão negociando a adesão ao governo de Lula. Há ainda mais 16 ministros para serem anunciados; e isso pode ocorrer na próxima segunda-feira (26). E essas pastas devem contemplar mais aliados. Há a expectativa de que haja a indicação de ministros do Centrão – os partidos desse bloco foram decisivos para a aprovação da PEC fura-teto, proposta por Lula.
Além disso, há a especulação de que a próxima leva de ministérios tenha nomes como os de Simone Tebet (MDB) e Marina Silva (Rede), que apoiaram Lula na eleição e que pleiteavam pastas estratégias no novo governo. Marina é cotada para assumir o Meio Ambiente, enquanto Tebet ainda é dúvida, pois queria a pasta do Desenvolvimento Social por causa das políticas sociais (nos bastidores, comenta-se que isso a tornaria mais conhecida para a disputa presidencial de 2026). No entanto, a pasta é considerada estratégica para o PT, por cuidar do Bolsa Família, e acabou nas mãos de Wellington Dias.
Parte dos nomes anunciados por Lula já era conhecida
Alguns dos nomes confirmados nesta quinta (22) já haviam sido divulgados recentemente pela equipe de transição, mas ainda não tinham sido oficializados. Um deles, era o senador eleito Camilo Santana (PT-CE), que protagonizou uma disputa acirrada pela pasta da Educação com a atual governadora do Ceará, Izolda Cela.
Outro nome que já se sabia que estaria na Esplanada era a cantora Margareth Menezes, que participou de uma reunião com Lula no último dia 13 no CCBB para assumir o recriado Ministério da Cultura, desmembrado da pasta da Educação.
Além dos nomes anunciados nesta quinta (22), o novo governo já havia confirmados outros cinco nomes: Fernando Haddad (PT), no Ministério da Fazenda; José Múcio, no Ministério da Defesa; Flávio Dino (PSB), no Ministério da Justiça; Rui Costa (PT), na Casa Civil; e Mauro Vieira, no Ministério das Relações Exteriores.
Outro nome importante já anunciado, mas não com o status de ministro, foi o de Aloísio Mercadante (PT) para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo o relatório final da equipe de transição, ainda faltam ser indicados os ministros do Planejamento; Gabinete de Segurança Institucional; Comunicação Social; Povos Indígenas; Previdência Social; Esporte; Cidades; Integração e Desenvolvimento Regional; Meio Ambiente; Transportes; Minas e Energia; Comunicações; Turismo; Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e Pesca e Aquicultura.
Esplanada de Lula será inchada e semelhante ao governo de Dilma
Os nomes anunciados no começo do mês e nesta quinta (22) confirmam o aumento no número de ministérios na Esplanada dito no último final de semana pelo futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), de que o novo governo Lula terá 37 pastas. O número será semelhante ao do primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT), quando a Esplanada contava com 39 ministérios. O novo número de ministérios, na comparação com o do governo de Jair Bolsonaro (PL), que conta com 23 pastas, representa um "inchaço" da administração federal.
A explicação para o aumento do número de ministérios, segundo Lula, é por causa do desmembramento de algumas pastas e a elevação de algumas secretarias para o status ministerial. Um deles, o atual Ministério da Economia, por exemplo, vai ser desmembrado nas pastas da Fazenda, do Planejamento, de Gestão e Desenvolvimento e da Indústria e Comércio.
“A Economia se desmembra no Ministério de Planejamento para que o país, seguindo o exemplo de outras nações do mundo, possa efetivamente realizar o planejamento de longo prazo, com projetos estruturantes, cuidando da economia, cuidando da infraestrutura. Ou seja, projetar o Brasil para os próximos anos", disse na ocasião.
Quem são os novos ministros
Veja abaixo um perfil dos novos ministros anunciados nesta quinta (22) pelo presidente eleito Lula:
Geraldo Alckmin – Indústria e Comércio
Anunciado por Lula como a “grande surpresa” entre os novos ministeriáveis, Alckmin vai acumular a pasta com o cargo de vice-presidente da República após as negociações com Josué Gomes, filho do ex-ministro José Alencar, não terem avançado.
A estratégia de Lula é uma repetição dos seus dois mandatos anteriores, em que Lula também indicou seu vice (José Alencar) para um ministério. Alencar foi ministro da Defesa durante parte das gestões.
Formado em Medicina, mas político há 50 anos, Alckmin já foi vereador e prefeito de Pindamonhangaba (SP), deputado estadual, federal, vice-governador e governador de São Paulo, e disputou a Presidência da República em 2006 e em 2018.
Em 2022 aceitou trocar o PSDB pelo PSB e compor chapa como vice de Lula na corrida à presidência.
Alexandre Padilha – Secretaria de Relações Institucionais
Deputado reeleito por São Paulo, Alexandre Padilha é médico formado pela Universidade de Campinas (Unicamp), especializado em Infectologia pela USP. Na gestão da presidente Dilma Rousseff, foi ministro da Saúde e foi responsável pela implantação do Programa Mais Médicos.
Antes disso, Padilha já havia sido ministro da articulação política durante o segundo mandato de Lula, em 2009. Na ocasião, o deputado tinha 38 anos. Na cadeira, passou a desempenhar o papel de coordenador político da Presidência da República. Dentro do PT, ele é visto como um articulador habilidoso e de credibilidade.
Em 2014, Padilha disputou o governo de São Paulo, mas acabou ficando em terceiro lugar com cerca de 18% dos votos. Padilha foi derrotado por Geraldo Alckmin, que se reelegeu governador ainda no primeiro turno da disputa.
Já neste ano, Padilha foi um dos principais defensores da aliança de Lula com Alckmin e responsável pela interlocução do petista com o setor empresarial. Em abril, durante evento da XP Investimentos nos Estados Unidos, Padilha chegou a afirmar que Lula "não fará loucuras na política monetária nem agirá indiferente aos interesses do mercado".
Márcio Macêdo – Secretaria-Geral da Presidência
Atual deputado federal pelo estado de Sergipe, o petista Márcio Macêdo é biólogo formado pela Universidade Federal do Sergipe. Já ocupou o cargo de tesoureiro e presidente dos diretórios municipal e estadual do partido. Atualmente, é um dos vice-presidentes nacionais do PT.
Além da carreira partidária, Macêdo também foi secretário municipal de Participação Popular de Aracaju, superintendente do Ibama e secretário de estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Sergipe.
Na primeira disputa eleitoral que participou, para deputado federal em 2010, Macêdo venceu e alcançou o cargo de vice-líder do PT na Câmara dos Deputados, além de ter presidido a Comissão de Mudanças Climáticas do Congresso.
Em 2015, o petista foi escolhido pelo PT para ocupar o cargo de tesoureiro no lugar de João Vaccari Neto, preso pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato.
Jorge Messias – AGU
O novo ministro da Advocacia-Geral da União foi subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil durante o governo de Dilma Rousseff. Ficou conhecido após ser citado em uma conversa telefônica entre a petista e Lula interceptada pelas investigações da Operação Lava Jato. Na época, o agora presidente eleito estava na iminência de se tornar ministro-chefe da Casa Civil, e Messias estaria com o termo de posse do cargo para ser usado "se fosse preciso".
Messias ocupa o cargo de procurador da Fazenda Nacional desde 2007 e já teve outras passagens por órgãos dos governos petistas, como os ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação; a procuradoria do Banco Central e o conselho fiscal do BNDES.
Vinícius Marques de Carvalho – CGU
Ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ex-secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça nas duas gestões de Dilma Rousseff, Carvalho volta à Esplanada para chefiar o controle interno e a fiscalização da transparência no novo governo de Lula.
Vinícius Marques é graduado e doutor em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em políticas públicas e gestão governamental. Atualmente, é sócio-gerente da VMCA Advogados desde 2017.
Camilo Santana – Educação
Senador eleito pelo Ceará, o petista Camilo Santana foi governador do de 2015 a 2022. Tem uma carreira política que inclui duas secretarias estaduais entre os anos de 2007 e 2011 (Desenvolvimento Agrário e Cidades). Também foi deputado estadual. Ocupou o cargo de superintendente do Ibama no Ceará entre 2003 e 2004.
Durante sua gestão no governo cearense, Santana deu continuidade às políticas educacionais implantadas pela então vice-governadora Izolda Cela (PT), que havia sido secretária estadual de Educação. A dupla conseguiu elevar a qualidade do ensino público do estado, conquistando posições altas nos rankings e avaliações nacionais.
A escolha para o Ministério da Educação rachou a parceria de Santana e Izolda, pois ela também pleiteava o cargo de ministra. Ao fim das negociações com a cúpula do PT, a petista foi indicada para comandar a Secretaria Nacional de Educação Básica.
Camilo Santana é agrônomo por formação e mestre em desenvolvimento e meio ambiente.
Nísia Trindade – Saúde
Atual presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima é doutora em Sociologia, mestre em Ciência Política, pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iesp), e graduada em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Na Fiocruz, Trindade foi uma das responsáveis pela parceria com a Universidade de Oxford e a indústria farmacêutica AstraZeneca para produção da vacina contra Covid-19 no Brasil.
Ainda durante a pandemia, a presidente da Fiocruz criou o Observatório Covid-19, rede transdisciplinar que realiza pesquisas e sistematiza dados epidemiológicos; monitora e divulga informações, para subsidiar políticas públicas, sobre a circulação do novo coronavírus e seus impactos sociais em diferentes regiões no Brasil.
Além de ser a primeira mulher a presidir a Fiocruz, Nísia será a primeira a primeira mulher a ser ministra da Saúde no Brasil. Antes de presidir a fundação, ela foi diretora da Casa de Oswaldo Cruz (1998-2005), unidade da Fiocruz voltada para pesquisa e memória em ciências sociais, história e saúde.
Nísia também participou da criação do Museu da Vida, da Fiocruz. Na Editora Fiocruz (2006-2011) atuou na implementação da Rede SciELO Livros. Foi vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz (2011-2016), período em que coordenou as Semanas Nacionais de Ciência e Tecnologia na instituição e também a implantação de políticas de acesso aberto, com o objetivo de tornar disponível toda a produção científica da instituição.
Wellington Dias – Desenvolvimento Social
Senador eleito pelo estado do Piauí e ex-governador do estado, o petista Wellington Dias é um dos homens de confiança do PT. Foi o escolhido para a pasta do Desenvolvimento Social em uma disputa com a ex-candidata a presidente Simone Tebet (MDB).
Dias é bancário e escritor com uma longa carreira política que começou na militância do PT em 1985. Também presidiu o Sindicato Estadual dos Bancários. Ocupou um cargo público pela primeira vez em 1992, quando foi eleito vereador em Teresina.
De lá para cá, foi deputado estadual, federal, senador e governador. Também presidiu o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste) e coordenou o Fórum Nacional de Governadores.
Márcio França – Portos e Aeroportos
Márcio França é formado em Direito e pós-graduado em Direito Administrativo e Constitucional. Sua carreira política começou em 1988, quando foi eleito vereador em São Vicente, litoral paulista. Na época, ele já estava no PSB, partido do qual nunca se desligou. Em 1997, tornou-se prefeito da mesma cidade, cargo que ocupou por dois mandatos.
Também foi deputado federal por São Paulo entre 2007 e 2010, período em que fez parte de um conselho político do então presidente Lula. Chegou a ser reeleito em 2010, mas assumiu a Secretaria de Esportes do governo paulista na gestão de Geraldo Alckmin. Esse contato aproximou os dois e, em 2014, França foi eleito vice de Alckmin. Ao tomar posse, também assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado.
França foi governador de São Paulo por nove meses em 2018, quando Alckmin deixou o cargo para disputar a Presidência. Ele tentou se manter no cargo na eleição daquele ano. Foi para o segundo turno e acabou perdendo para João Doria (PSDB) por uma diferença de 741.507 votos (3,5%).
Já em 2022 França chegou a ser pré-candidato ao governo de São Paulo, mas deixou a disputa para apoiar Fernando Haddad, do PT. E tentou uma vaga no Senado. Tanto Haddad quanto França perderam as eleições.
Luiz Marinho – Trabalho
Presidente estadual do PT em São Paulo, Luiz Marinho é também ex-prefeito de São Bernardo do Campo e já ocupou os cargos de ministro da Previdência Social e do Trabalho nas duas primeiras gestões de Lula na presidência.
Marinho foi tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde conheceu Lula nas greves do final da década de 1970. Depois, chegou ao cargo de presidente de sindicato em 1996.
Tentou se eleger vice-governador de São Paulo em 2002 na chapa do também petista José Genoíno. Mas foi derrotado por Geraldo Alckmin na época. Logo depois, foi eleito presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e convidado por Lula para integrar o governo a partir de 2007.
Em 2009, ganhou a eleição para a prefeitura de São Bernardo do Campo. Conquistou mais um mandato em 2016. Nas eleições de outubro de 2022, se elegeu deputado federal por São Paulo.
Esther Dweck – Gestão
Economista também com passagem pelo governo de Dilma Rousseff, Esther Dweck volta a fazer parte de uma gestão petista em uma pasta criada a partir do desmembramento do Ministério da Economia.
Doutora em Economia da Inúdstria e Tecnologia e professora adjunta na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Esther atuou no passado como assessora econômica e secretária de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento.
A economista entra no novo governo como parte do compromisso de Lula com a diversidade, em que seu nome foi sugerido por conta do movimento “Elas no Orçamento”, uma iniciativa colaborativa criada por mulheres da área de planejamento, orçamento e finanças públicas.
Luciana Santos – Ciência e Tecnologia
Presidente nacional do PCdoB e atual vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos entra no novo governo como parte do compromisso de Lula com a diversidade na Esplanada dos Ministérios.
A engenheira elétrica começou a carreira política ainda na graduação, ocupando os cargos de presidente do Diretório Acadêmico de Engenharia e Computação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), de dirigente do Diretório Central dos Estudantes e de vice-presidente regional da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Ao terminar a graduação, em 1992, se elegeu vereadora da cidade de Olinda, na região metropolitana do Recife, e conquistou o cargo de deputada estadual em 1997. A carreira seguiu depois como prefeita de Olinda, deputada federal pelo estado e secretária estadual de Ciência e Tecnologia, entre 2009 e 2010, na gestão de Eduardo Campos.
Aparecida Gonçalves – Ministério das Mulheres
Conhecida como Cida, Aparecida Gonçalves já ocupou o cargo de Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres nos governos anteriores de Lula e Dilma Rousseff, e agora volta a um governo petista como ministra.
Natural de Clementina (SP), Cida é uma ativista do movimento feminista e especialista em gênero e violência contra a mulher. Foi assessora técnica e política da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Mulher no governo de Mato Grosso do Sul no período de 1999 a 2000. Também foi assessora da Coordenadoria de Atendimento à Mulher da Secretaria de Estado de Assistência Social Cidadania e Trabalho no período de 2001 a 2002.
A ativista chegou a se candidatar pelo PT à deputada constituinte em 1986, e depois a cargos públicos no estado do Mato Grosso do Sul.
Anielle Franco – Igualdade Racial
Ativista dos direitos das mulheres e dos negros, Anielle Franco é irmã da ex-vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em 2018. Desde então, vem promovendo uma série de atividades de inclusão e participação feminina e de raça nos espaços de poder.
Anielle dirige ainda o Instituto Marielle Franco e apoia movimentos antirracistas, como a Coalizão Negra por Direitos.
Silvio Almeida – Direitos Humanos
O advogado, filósofo e professor Silvio Almeida é considerado referência na discussão de questões raciais no país por conta da publicação do livro “Racismo Estrutural”.
Almeida é pesquisador do programa de pós-doutorado da Faculdade de Economia da USP e preside o Instituto Luiz Gama, uma associação civil que atua na defesa de causas populares, com ênfase nas questões sobre negros, minorias e direitos humanos.
Margareth Menezes – Cultura
Com mais de 30 anos de carreira artística, a cantora Margareth Menezes tem mais de 10 álbuns lançados, quatro indicações ao Grammy, fez mais de 20 turnês internacionais e é uma das principais expoentes da música baiana no mundo. Sua indicação para o Ministério da Cultura marca a volta da pasta, que foi extinta durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além da carreira musical, Margareth criou, em 2008, a Organização Não Governamental (ONG) Associação Fábrica Cultural, que atua nos eixos de Cultura, Educação e Sustentabilidade. A Fábrica Cultural passou a abrigar em 2014 o Mercado Iaô, que promove música, artes visuais, gastronomia, além de impulsionar o trabalho de mais de 100 artesãos e empreendedores criativos.
Margareth também é embaixadora do Folclore e da Cultura Popular do Brasil pela IOV/UNESCO e umas das personalidades negras mais influentes do mundo reconhecidas pela Mipad 100, da ONU, em 2021.
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