O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em Belo Horizonte nesta quinta (8) para anunciar um investimento de R$ 121,4 bilhões do Novo PAC em Minas Gerais, em uma cerimônia que o colocou junto do governador Romeu Zema (Novo) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD) num mesmo palco.
Zema e Pacheco disputam quem vai conseguir encontrar uma solução para a dívida bilionária do estado com o governo federal, sendo que o atual governador articula uma proposta própria na Assembleia Legislativa enquanto que Pacheco propõe a federalização de algumas empresas estatais. Lula já se comprometeu a apoiá-lo na sucessão do governo mineiro em 2026.
Lula e Zema também são adversários políticos, já que o mineiro foi apoiador da reeleição de Jair Bolsonaro (PL) em 2022. Apesar disso, o presidente minimizou a diferença.
“Eu não quero dividir nada. Estou conversando com o governo do estado que foi eleito pelo mesmo povo que me elegeu, pela mesma urna que me elegeu. Nunca vou pedir para um governador ou prefeito gostar mais ou menos de mim”, disse em meio a críticas ao ex-presidente lembrando que precisou aprovar a PEC fura-teto para iniciar o governo para “pagar dívidas” deixadas.
A diferença também foi deixada de lado por Zema, que pregou uma “boa convivência sem extremismo” e que as “críticas são naturais”.
“As pessoas pensam diferente e nós, governantes, temos que aprender a viver com essas diferenças. A boa convivência sem extremismo é o que vai fazer a vida dos mineiros melhorar”, comentou Zema. No entanto, ele foi alvo de algumas vaias por ter se colocado contra a vacinação obrigatória de crianças contra a Covid-19.
Um pouco mais cedo, Lula anunciou que o montante a ser investido em Minas Gerais terá R$ 36 bilhões apenas em território mineiro e o restante em conjunto com outros estados. O ministro Rui Costa, da Casa Civil, detalhou que os setores de energia, rodovias e ferrovias vão concentrar R$ 108,3 bilhões dos R$ 121,4 bilhões.
Costa anunciou, ainda, que mais recursos podem ser destinados ao estado após o Carnaval, quando serão anunciados os projetos do PAC Seleções entre os mais de 4,2 mil enviados ao governo pelas prefeituras. O ministro afirmou que nem todos poderão ser incluídos no orçamento federal, mas que o governo vai encaminhar a lista aos congressistas, para que destinem recursos através de emendas.
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