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O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) comentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "com certeza irá aplaudir o banho de sangue prometido pelo tirano [Nicolás] Maduro", ditador da Venezuela. A declaração faz referência às recentes ameaças de Maduro, caso perca as eleições presidenciais de 28 de julho.
"Se existe uma ditadura em algum lugar, pode ter certeza de que Lula estará apoiando. Com certeza irá aplaudir o banho de sangue prometido pelo tirano Maduro", escreveu Mourão em seu perfil no X.
Oficialmente, o Ministério das Relações Exteriores manteve silêncio sobre a frase dita por Maduro em comício na quarta-feira (17), de que haverá um "banho de sangue" na Venezuela se ele não ganhar.
"O destino da Venezuela no século 21 depende de nossa vitória em 28 de julho. Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo", disse o ditador.
A ameaça foi redobrada neste sábado (20). Em um comício em Maturín, Maduro disse que o pleito presidencial será uma escolha entre “paz ou guerra”. "Em 28 de julho, o futuro da Venezuela será decidido para os próximos 50 anos, seja uma Venezuela de paz ou uma Venezuela convulsionada, violenta e cheia de conflitos. Paz ou guerra", advertiu.
Em entrevista à Globonews na semana passada, o assessor de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, disse que a fala de Maduro não é "desejável", mas que não acredita que haverá um banho de sangue. "Eu acredito que tenha sido um arroubo sem consequências”, disse.
O posicionamento do Brasil destoa do adotado por Argentina, Uruguai, Costa Rica, Guatemala e Paraguai, que nesta sexta-feira (19) firmaram uma declaração conjunta condenando a perseguição contra líderes e apoiadores do oposição venezuelana.