Lula afirmou que obra demorou a sair do papel desde que foi lançada, em 2008, e que fez 40% dela apenas neste terceiro mandato.| Foto: reprodução/Canal Gov
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inaugurou, na manhã desta sexta (9), as obras do contorno viário de Florianópolis, em Santa Catarina, em uma cerimônia em que atacou o governador Jorginho Mello (PL-SC), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e os governos passados que, segundo ele, não terminaram a obra iniciada em 2008, ainda durante o primeiro mandato.

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A obra de 50 quilômetros de extensão tem como objetivo aliviar o trânsito da BR-101 na parte continental de Florianópolis, e recebeu um investimento total de R$ 3,9 bilhões da Arteris Litoral Sul, concessionária da rodovia. Essa é a primeira visita de Lula ao estado desde que retornou ao governo, no ano passado.

“Essa obra [em SC] começou em 2008 [no segundo mandato de Lula] e teve vários problemas. E eu, depois de 15 anos fora do governo, estou aqui para dizer que, em apenas 18 meses, fizemos quase que metade dessa obra aqui [40%], numa demonstração de que eu gosto de trabalhar e não gosto de jet ski e de motociata”, disparou Lula em referência ao ex-presidente, que esteve em Santa Catarina a passeio em 2021, onde andou de moto-aquática e promoveu uma motociata.

Lula, no entanto, não mencionou que foi sucedido por Dilma Rousseff (PT) por seis anos, que também não terminou a obra do contorno.

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Ainda criticando Bolsonaro, Lula disse que o estado poderia ter evoluído mais “se houvesse da parte do governo federal a ideia de que o papel do governo não é fazer fake news, não é falar bobagem” desde a primeira vez que o visitou, em 1979, para uma palestra em Joinville, nao Norte catarinense.

Lula ainda cumprimentou a vice-governadora, Marilisa Boehm (PL-SC), e alfinetou o governador que “perdeu a oportunidade de participar da inauguração da obra mais importante do estado de SC, não consigo entender”.

“Se ele viesse, seria tratado com respeito, faria o discurso que ele quisesse fazer, ninguém iria impedir e controlar o que ele quisesse falar, e o prefeito a mesma coisa. Lamentavelmente, tem gente que pensa pequeno, que age pequeno, e não enxerga a necessidade do povo brasileiro”, emendou.

Ele ainda ressaltou que gostaria que Mello estivesse na cerimônia pela necessidade de “trazer o Brasil de volta à civilidade”. “Esse país não pode ser alimentado pela mentira, pelo ódio, pela fake news, pelos descalabros que a gente vê nesse país. Esse país não precisa de armas, precisa de livro, de computador, de escolas”, afirmou.

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O presidente ainda voltou a ressaltar que tomou posse em 2023 com um país supostamente numa “situação calamitosa” de obras paradas e políticas públicas interrompidas. Ele ainda comentou sobre a reunião ministerial de quinta (8), em que se disse otimista com o andamento da economia brasileira e das políticas públicas que tem implementado, como valorização do salário mínimo, crédito rural, moradias populares, farmácia popular, entre outros.

Além de Lula, o ministro Renan Filho, dos Transportes, também atacou Bolsonaro afirmando que Lula já investiu quatro vezes mais no estado do que todo o governo passado.

“O governo Bolsonaro, passado, ele investiu em Santa Catarina apenas R$ 250 milhões por ano. O presidente Lula, no ano passado, investiu em infraestrutura rodoviária R$ 1,1 bilhão. Isso significa que no seu primeiro ano investiu quatro vezes mais do que eles investiam, e significa mais: que, em um ano, fizemos o mesmo investimento que eles fizeram em quatro”, disparou ressaltando que o estado terá mais R$ 1 bilhão neste ano”, disparou.

Lula emendou a fala de Renan Filho e afirmou que gosta de comparar o quanto está investindo nos estados na comparação com governos anteriores “sem nenhuma provocação”. “Eu desafio alguém comparar quem trouxe mais dinheiro para o estado se foram os outros ou se foi Lula e Dilma que trouxeram dinheiro para o estado”, disparou.

“Veja, o governador de São Paulo é adversário político meu, mas nós vamos fazer investimentos de R$ 14 bilhões financiados pelo BNDES. Vamos fazer não por causa do governador, mas porque o povo de São Paulo merece”, disse ressaltando que o mesmo ocorre em Santa Catarina, onde o governador também é da oposição a ele.

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