O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou os ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta (5) durante um evento no Mato Grosso do Sul, onde também ironizou a rejeição do mercado financeiro à sua política econômica. Uma pesquisa divulgada na quarta (4) mostra que ele é desaprovado por 90% dos agentes.
“Quando eu fui eleito presidente pela terceira vez [em 2022], eu tinha em mente que a gente tinha pegado um país semidestruído. Vocês, possivelmente, não tem noção do que aconteceu com esse país”, disparou o presidente em referência a uma suposta situação crítica que teria sido encontrada por ele durante a transição e a posse em janeiro de 2023.
Lula ainda afirmou que costuma provocar os governadores a mencionarem obras importantes que tenham sido feitas pelo seu antecessor – e que não foi diferente no Mato Grosso do Sul.
“Eu duvido que alguém consiga me apresentar uma obra estruturante feita nos últimos 7 anos no estado. Pelo mais fanático defensor do governo passado, eu duvido que alguém apresente uma obra estruturante feita no estado do Mato Grosso do Sul”, disse.
Lula voltou a afirmar que convocou os 27 governadores brasileiros para apresentarem demandas mais importantes para serem incluídas no Novo PAC, lançado meses depois. O mesmo, disse, foi feito com prefeitos “independente do partido”.
“Nós passamos dois anos, do dia 1º de janeiro de 2023 até o dia 31 de dezembro de 2024, reconstruindo o país”, completou nos ataques.
Pouco depois, Lula direcionou os ataques ao mercado financeiro citando que o crescimento da economia vai superar o que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os analistas projetavam, de 1,5% – as novas projeções apontam em torno de 3%. Ele também citou outros índices econômicos para justificar a ironia feita em cima da pesquisa.
“Ontem [quarta, 4] saiu uma pesquisa que 90% do mercado, daqueles que compõem a Faria Lima [avenida de São Paulo considerada o coração financeiro do país], são contra o meu governo. Eu já ganhei 10%, porque nas eleições eles eram 100% contra”, afirmou.
Ele ainda citou que presidentes que o antecederam, apesar de terem diplomas, não tinham sensibilidade social “porque pobre nesse país é tratado como se fosse invisível, só é enxergado na época das eleições”. Lula também pontuou que o agronegócio não gosta dele apenas por questões ideológicas, mas que ele foi o mandatário que mais destinou recursos do Plano Safra.
Ainda durante a cerimônia, Lula recebeu o apoio da ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), que é do estado, sinalizando que deve apoiá-lo para a reeleição em 2026, além de defendê-lo das críticas da pesquisa.
“Eu não posso acreditar que, em um governo bem avaliado como este, que o tal do mercado avalie em 90% seu governo como ruim. Isso não é imparcialidade, isso é jogar contra o país. E quem joga contra o país, quer ajudar a afundar o país e nós não vamos deixar graças ao setor privado, ao setor do agronegócio, ao setor do comércio, da indústria”, citou.
Para ela, o “verdadeiro mercado, os verdadeiros agentes econômicos são a agricultura familiar, o pequeno, médio e grande agricultor, a pecuária, o comerciante, o servidor que presta serviço e essa iniciativa privada que investe e acredita no Brasil”.
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