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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disparou contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta terça (2) afirmando que ele “não volta mais” a disputar a presidência da República, mesmo recorrendo da inelegibilidade até 2030.
“Perdeu. Perdeu as eleições e eu vou contar uma coisa para vocês: não volta mais. Porque esse povo vai ter que aprender a gostar da democracia, vai ter que aprender a conviver de forma civilizada, de forma educada, um respeitar o outro”, disse Lula em entrevista à Rádio Sociedade de Salvador, onde anuncia investimentos federais para a Bahia.
A inelegibilidade de Bolsonaro decorre de duas condenações pela Justiça Eleitoral em 2023. A primeira, por promover uma reunião no Palácio da Alvorada com embaixadores para questionar o sistema eleitoral, e a segunda por utilizar as celebrações do 7 de setembro de 2022 supostamente para fazer campanha eleitoral.
A defesa de Bolsonaro recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) em ambos os casos e tem até 2026 para esgotar os recursos.
No último final de semana, Bolsonaro afirmou em Belém que foi tirado da presidência pelo “sistema”, mas que a direita voltará ao poder em 2026 a partir do que se definir nas eleições municipais deste ano.
“Não foram vocês que me tiraram de lá. Foi o sistema. Mas nós vamos vencer o sistema”, disse Bolsonaro ressaltando que seu governo estava no “caminho certo” e que houve uma interferência no final de 2022.
Em tom de campanha, ele reforçou que o futuro do Brasil depende de cada cidadão, declarando que “não existe salvador da pátria” e que a responsabilidade pelo resgate do país é de todos.
Na semana passada, Lula também comentou sobre a possibilidade de Bolsonaro disputar as eleições de 2026.
“Eu não veto candidato adversário. Se ele conquistar [a reversão da inelegibilidade], que seja. Se eu derrotei ele quando eu era oposição e ele situação, imagina agora. Vou mostrar para ele que quem está na Presidência [da República] só perde a eleição se for incompetente”, disse.
Além das condenações eleitorais, Bolsonaro enfrenta investigações no STF sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, fraude em cartão de vacinação e posse e tentativa de venda de joias recebidas de presentes de governos do exterior.
Caso seja condenado criminalmente e não haja mais recursos disponíveis, ele perderá os direitos políticos até que a pena seja cumprida, revertida ou anulada.