O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou o bombardeio a um hospital de Gaza na terça (17) como uma “tragédia injustificável”, em uma postagem nas redes sociais nesta quarta (18). O ataque ao Hospital Al-Ahli vitimou cerca de 500 pessoas, o que elevou a quantidade de mortes na guerra de Israel contra o Hamas para 4,8 mil pessoas.
“O ataque ao Hospital Baptista Al-Ahli é uma tragédia injustificável. Guerras não fazem nenhum sentido. Vidas perdidas para sempre. Hospitais, casas, escolas, construídas com tanto sacrifício destruídas em instantes. Refaço este apelo. Os inocentes não podem pagar pela insanidade da guerra”, disse Lula (veja na íntegra).
O bombardeio ao hospital ainda está sendo investigado e, de acordo com as primeiras evidências, teria sido provocado por um míssil atirado pela Jihad Islâmica contra Israel que falhou no meio do lançamento. O ataque provocou uma forte reação internacional ao escalar a violência contra civis na guerra que já está no 12º dia.
Ainda na postagem, Lula refez o apelo por uma “intervenção humanitária internacional” que ele fez há uma semana à Organização das Nações Unidas (ONU). O presidente pede que os países empenhem “todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio”.
“É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra”, ressaltou no pedido.
Para o presidente, “é urgente um cessar fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas”. O Brasil, que ocupa a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, tenta aprovar uma resolução que promova uma interrupção temporária do conflito para a retirada de estrangeiros de Gaza pela fronteira com o Egito e a entrada de ajuda humanitária no território.
A resolução deveria ter sido votada na reunião da noite de terça (17), mas foi adiada para a manhã desta quarta (18) por conta das negociações entre a diplomacia brasileira com a de outros países.
Entre os itens propostos pelo Brasil na resolução estão a condenação inequívoca dos ataques terroristas do Hamas em Israel e a tomada de reféns civis, apelo à libertação de reféns, proteção a profissionais da saúde, entre outros.
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