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Neste sábado (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou a véspera de seu aniversário de 79 anos para pescar e apoiar aliados nas redes sociais. Em recuperação de um acidente doméstico, que o obrigou a cancelar compromissos presenciais, Lula aproveitou o tempo em Brasília para conciliar momentos de lazer com uma intensa agenda digital voltada ao segundo turno das eleições municipais.
Durante a manhã, o presidente capturou um peixe de seis quilos no lago do Palácio da Alvorada. Logo depois, comemorou o feito em um vídeo divulgado pela primeira-dama Janja. “Como não ganhei presente de aniversário, eu resolvi acordar hoje, sábado, dia 26, e vim aqui no lago pescar”, disse Lula. O presidente contou ainda que o peixe seria preparado na churrasqueira com maionese, em uma receita especial que aprendeu nas pescarias pelo Rio Paraguai.
Mesmo em repouso, o presidente também intensificou sua presença nas redes sociais. Entre sexta-feira (25) e sábado (26), Lula publicou ao menos nove vídeos nas redes, pedindo votos e reiterando seu compromisso com os candidatos em disputa pelo segundo turno, que ocorrerá neste domingo (27).
Aliás, a estratégia digital foi planejada com antecedência. No início do mês, Lula já havia recebido aliados na Granja do Torto, onde gravou material de campanha focado nas disputas locais.
Queda de Lula foi mentira para não ir ao Brics, afirma procurador-geral da Venezuela
Contudo, sua recente aparição em vídeos levantou suspeitas fora do Brasil. O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, acusou Lula de simular o acidente para evitar o encontro do Brics na Rússia.
Em uma declaração divulgada nas redes sociais do Ministério Público venezuelano, Saab afirmou que “fontes próximas ao Brasil” indicaram que o acidente teria sido manipulado para justificar sua ausência. Ele criticou o que chamou de “veto” contra a Venezuela e disse que a atitude de Lula refletiria um “mal-estar” entre as lideranças de esquerda na América Latina. Em resposta, o Ministério Público venezuelano qualificou a ausência como uma “agressão inexplicável e imoral” contra o governo de Nicolás Maduro.