O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará na próxima quarta-feira (8) de uma cerimônia para marcar os dois anos da invasão e depredação das sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário, em 8 de janeiro de 2023. O evento será dividido em etapas, com a entrega de obras de arte restauradas, discursos de autoridades e um ato simbólico convocado pelo PT.
A expectativa é que os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, participem da cerimônia. Lira não esteve presente no evento realizado em 2024. Os comandantes do Exército, general Tomás Paiva; da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno; e da Marinha, almirante Marcos Olsen; também foram convidados.
Após o evento no Palácio do Planalto, o petista deve descer a rampa com autoridades em direção a Praça dos Três Poderes para dar um “abraço simbólico” na democracia. A manifestação foi convocada pelo diretório do PT do Distrito Federal e terá a presença de sindicatos, entidades da sociedade civil e de segmentos religiosos.
“Trata-se de um ato simbólico com a participação do presidente Lula após o evento do Salão Nobre. O presidente descerá a rampa do Palácio do Planalto com as principais autoridades e encontrará o público para esse abraço”, disse o governo, em nota divulgada na noite desta sexta-feira (3).
PT diz que ato simbólico reforça posição contra anistia
Em nota, o PT afirmou que o evento servirá para “reafirmar posição contra qualquer proposta de anistia tanto para os que participaram das depredações quanto para seus idealizadores, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e membros do seu governo, já indiciados pela Polícia Federal”.
A Polícia Federal indiciou Bolsonaro, o general e ex-ministro Braga Netto e outras 38 pessoas por participação na suposta tentativa de golpe de Estado. Braga Netto está preso desde 14 de dezembro de 2024. O caso foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que poderá apresentar denúncia contra os investigados nos próximos meses.
Em 2024, Lula realizou a solenidade chamada de “Democracia Inabalada” para relembrar o 8 de janeiro com a presença de autoridades dos Três Poderes. Na ocasião, o presidente reforçou que não haverá anistia aos envolvidos nos atos de vandalismo.
“Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade, e a impunidade como salvo-conduto para novos atos terroristas no país”, disse Lula em janeiro do ano passado.
Obras de arte danificadas no 8/1 voltarão para acervo do governo
Durante a solenidade, Lula fará a entrega de obras de arte que precisarem ser restauradas após a depredação em Brasília. Entre as peças, estão o quadro “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, e o relógio de pêndulo do século 17. O quadro, com valor estimado em R$ 8 milhões, ficava exposto no Salão Nobre do Palácio do Planalto, quando sofreu sete rasgos de tamanhos diferentes.
O relógio, que foi presente da Corte Francesa para a Coroa Portuguesa, é considerado uma raridade e chegou ao Brasil pelas mãos de dom João VI, em 1808. A peça foi restaurada na Suíça, sem custos para o governo brasileiro.
No mês passado, o ministro Alexandre de Moraes determinou que o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado por vandalizar o relógio, deveria começar a cumprir a pena de 17 anos de prisão.
Participarão da cerimônia integrantes do Ministério da Cultura (MinC), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Embaixada da Suíça, além de movimentos sociais.
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