Lula subiu o tom nas críticas contra o governo de Israel e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.| Foto: EFE/Andre Borges.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu o tom nesta terça-feira (27) contra o governo israelense. O petista afirmou que Israel quer “efetivamente acabar com os palestinos na Faixa de Gaza” e chamou o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de genocida.

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No último dia 18, o mandatário comparou a ação militar de Israel na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus promovido pelo líder da Alemanha Nazista, Adolf Hitler. Apesar da crise diplomática, Lula disse que repetiria as críticas contra o governo israelense.

“O que eu quero dizer em alto e bom som é o seguinte: o primeiro-ministro de Israel está praticando genocídio contra mulheres e crianças. Esse é o dado histórico”, afirmou o chefe do Executivo brasileiro em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, na RedeTV. O petista destacou que “separa bem” o povo das ações do governo israelense.

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Lula reiterou as críticas que fez a Israel nos últimos dias e ressaltou que as repetiria. "Eu diria a mesma coisa porque é exatamente o que está acontecendo na Faixa de Gaza. A gente não pode ser hipócrita de achar que uma morte é diferente da outra. Você não tem na Faixa de Gaza uma guerra de um Exército altamente preparado contra outro Exército altamente preparado. Você tem uma guerra de um Exército altamente preparado contra mulheres e crianças", afirmou.

Governo de Israel quer exterminar palestinos, diz Lula

Para Lula, a ação militar de Israel na Faixa de Gaza tem o objetivo de exterminar o povo palestino. O conflito teve início no dia 7 de outubro, após o grupo terrorista Hamas realizar uma série de ataques em território israelense.

“Considero um genocídio, porque é um Exército amplamente armado atacando uma parte da sociedade indefesa. O governo de Israel quer efetivamente acabar com os palestinos na Faixa de Gaza. É isso. É exterminar aquele espaço territorial com o povo palestino para que eles ocupem. É isso, não tem outra explicação", afirmou.

"É só você ler o depoimento dos Médicos Sem Fronteiras… Pega criança dizendo que prefere morrer do que ser tratada do jeito que estão sendo tratadas, sem anestesia. Isso é genocídio ou não é genocídio?”, acrescentou.

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Lula defendeu ainda que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria ser "tipificado como genocida" por sua atuação na pandemia da Covid-19. Logo após a primeira declaração sobre o conflito, Lula foi considerado “persona non grata” por Israel até que se retrate. No Brasil, ele foi alvo de um pedido de impeachment apresentado pela oposição.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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