Procedimento deixará Lula internado até a próxima terça, quando passará a despachar no Palácio do Alvorada durante a recuperação.| Foto: André Borges/EFE
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será submetido a uma cirurgia no quadril nesta sexta-feira (29) para tratar uma condição de artrose que o atinge há meses. A intervenção cirúrgica será realizada no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, e tem o objetivo de proporcionar alívio das dores que o presidente tem sentido.

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A previsão é que o presidente se internará no hospital ainda nesta manhã, mas o Palácio do Planalto não divulgou o horário exato da operação nem a duração estimada. Após a cirurgia, Lula deverá permanecer no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência da República, por pelo menos três semanas. Além disso, ele ficará de quatro a seis semanas sem poder realizar viagens.

Após a cirurgia, Lula permanecerá no hospital até terça-feira (3), quando deverá ser liberado para retornar à sua residência. Ele continuará com sessões de fisioterapia como parte do processo de recuperação.

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O processo de preparação para a cirurgia incluiu dois procedimentos em julho, uma infiltração e uma deneverção, com o intuito de aliviar as dores e preparar Lula para a cirurgia.

Lula planeja retomar seus compromissos internacionais no final de novembro, com uma viagem aos Emirados Árabes Unidos para participar da COP 28, voltando em seguida para cumprir agenda na Alemanha.

A cirurgia de Lula envolverá uma artroplastia total do quadril, no lado direito de seu corpo, para tratar a artrose. Nesse procedimento, tanto a cabeça do fêmur quanto o acetábulo serão substituídos por implantes, proporcionando alívio e mobilidade ao paciente.

A artrose é uma condição caracterizada pelo desgaste da cartilagem que reveste a articulação, causando atrito ósseo e inflamação. A abordagem eficaz para essa condição é a cirurgia, que envolve a substituição do osso afetado por uma prótese.

A cirurgia será conduzida por uma equipe médica que inclui o médico pessoal do presidente, Roberto Kalil Filho, a médica da Presidência da República, Ana Helena Germoglio, e especialistas do Hospital Sírio-Libanês.

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Apesar da cirurgia e da recuperação, Lula não vai passar o comando da presidência para o vice Geraldo Alckmin (PSB). Na última quarta (27), Alckmin afirmou que não há necessidade de transmitir o cargo "porque vai ser um período curto, praticamente um final de semana, e depois ele despacha no Palácio do Alvorada".

Falas desastrosas sobre a recuperação

Durante a live semanal da última terça (26), o presidente demonstrou otimismo em relação à cirurgia, enfatizando a importância do tratamento e da dedicação à recuperação. Lula também brincou, dizendo que seu fotógrafo pessoal, Ricardo Stuckert, se recusou a registrar imagens dele usando andador ou muletas após a operação, garantindo que sempre estará em boa forma.

A declaração, no entanto, não foi bem recebida entre aliados e gerou repercussão imediata acusando-o de capacitismo – discriminação contra deficientes. Entre os críticos, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), do partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, disse que a fala “vai na contramão da luta por inclusão e respeito de milhares de pessoas com deficiência que utilizam equipamentos de acessibilidade”.

O influenciador digital Ivan Baron, militante da causa das pessoas com deficiência e que subiu com Lula a rampa do Palácio do Planalto no dia da posse, disse que o “erro” não poderia passar despercebido.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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