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Caso da suposta agressão a Moraes

Lula classificou como “animal selvagem” empresário que sequer foi indiciado pela PF

Lula Alexandre Moraes
O presidente Lula (PT) e o ministro do STF, Alexandre de Moraes. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.)

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Ao reforçar a narrativa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sobre as supostas agressões ao magistrado no Aeroporto de Roma, no ano passado, o presidente Lula (PT) chamou um dos acusados da agressão de “animal selvagem”. Na ocasião, Lula se referia ao empresário Roberto Mantovani.

“Um cidadão desse é um animal selvagem, não é um ser humano. O cidadão pode não concordar com a pessoa, mas ele não tem de ser agressivo, não tem de xingar [...] Essa gente que renasceu no neofascismo colocado em prática no Brasil tem de ser extirpada, e nós vamos ser muito duros com essa gente para aprenderem a voltar a ser civilizados”, disse Lula no dia 19 de julho de 2023.

A declaração de Lula foi dada no momento em que a investigação sobre o caso ainda estava em curso. Na prática, o petista afastou qualquer possibilidade de defesa do acusado e negou ao empresário direitos humanos básicos antes da investigação.

Acontece que, nesta quinta-feira (15), a Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sem indiciar ninguém. No relatório, a PF disse que Mantovani cometeu crime de “injúria” contra Moraes, mas não indiciou o empresário por se tratar de um crime de menor potencial.

O caso ocorreu no Aeroporto Internacional de Roma, em julho de 2023, quando Moraes, que estava acompanhado de familiares, relatou ter sido hostilizado por três brasileiros.

Na ocasião, o ministro teria sido chamado de “bandido”, “comunista” e “comprado”. Além disso, segundo a representação enviada por Moraes à PF, seu filho, Alexandre Barci de Moraes, teria tomado um tapa de Mantovani.

Também estavam no aeroporto a esposa de Mantovani, Andréia Munarão, o genro, Alex Zanatta Bignotto, e o filho, Giovanni Mantovani.

O relatório da PF foi encaminhado para o gabinete do ministro Dias Toffoli, relator do caso. Em nota à Gazeta do Povo, o advogado Ralph Tórtima Filho, responsável pela defesa da família Mantovani, afirmou que não teve acesso às imagens analisadas pela PF. Tórtima destacou que durante a investigação a família Mantovani foi submetida a excessos.

O STF começa a analisar, nesta sexta-feira (16), a decisão do ministro Toffoli que negou à defesa da família o acesso a uma cópia do vídeo do Aeroporto de Roma que registrou o momento da confusão.

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