O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou nesta segunda-feira (13) os ministros para que não fiquem “inventando” iniciativas que não estejam sendo discutidas pelo governo. A bronca ocorreu durante uma reunião ministerial de emergência realizada para discutir ações das pastas voltadas para enfrentar a tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Todos os 38 ministros participaram do encontro.
"Cada ministro que for falar, ou cada ministra, [deve] tentar falar sempre a mesma coisa que está acontecendo, não ficar dizendo coisas que não estão acontecendo, ficar inventando coisas que ainda não discutiu", disse Lula. O chefe do Executivo pediu coesão nas declarações feitas pelos ministros e defendeu que as ideias sejam debatidas antes de serem anunciadas.
"Ou seja, não dá para cada um de nós que tem uma ideia anunciar publicamente essa ideia. Uma ideia é um instrumento de conversa no governo para que a gente transforme a ideia numa política real. Não é cada um que tiver uma ideia, vai falando da sua ideia, vai dizendo o que vai fazer, porque isso termina não construindo uma política pública sólida e uma atuação muito homogênea do governo no caso do Rio Grande do Sul", acrescentou.
Lula ressaltou que há uma infinidade de problemas para serem resolvidos no Rio Grande do Sul. O mandatário reforçou que a reconstrução levará tempo, mas se comprometeu a deixar o Estado “como era antes da chuva”.
Segundo o balanço mais recente da Defesa Civil, 450 municípios do estado enfrentam as consequências dos temporais e das enchentes, mais 2,1 milhões de pessoas foram afetadas de alguma forma, 147 pessoas morreram, 127 estão desaparecidas e outras 806 estão feridas. Ao todo, 77.405 estão em abrigos e 538.245 seguem desalojadas.
"Teremos mais um anúncio para as concessões de benefícios das pessoas físicas, depois o que nós vamos continuar fazendo, recuperação de estrada, questão de energia, telecomunicações, saúde, educação, portos, aeroportos, é uma infinidade de problemas que a gente vai ter que cuidar e que não é uma coisa de curto prazo, é uma coisa de médio, eu diria até quase longo prazo", afirmou Lula.
Nesta tarde, o presidente anunciou a suspensão por três anos do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União. Além das parcelas, os juros de 4% que corrigem a dívida anualmente serão perdoados pelo mesmo período. A dívida do Estado com a União é de cerca de R$ 100 bilhões.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF