Ao participar da cerimônia do Dia da Amazônia, no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (5), o presidente Lula disse que irá à COP28, que acontecerá nos Emirados Árabes no fim deste ano, para cobrar dos países ricos a promessa feita em 2009 de destinar U$ 100 bilhões para a preservação das florestas.
"Pela primeira vez a gente vai ter uma posição única em defesa da Amazônia. Nós esperamos juntar a Indonésia, a República Democrática do Congo e a República do Congo, que somos os países que mais temos florestas em pé, para que a gente tenha uma posição e faça com que os países ricos deixem de promessa e cumpram aquilo que foi prometido em Copenhagen, em 2009, 100 bilhões de dólares por ano para ajudar os países a preservarem suas florestas e gerarem emprego para as pessoas que moram na Amazônia", disse Lula.
Lula também voltou a falar em "desmatamento zero", uma de suas promessas de campanha. De acordo com o presidente, o seu governo vai "provar que aqueles que acham que tem que derrubar uma árvore para ganhar dinheiro são muito mais ignorantes do que espertos porque eles podem ganhar muito mais dinheiro com a floresta em pé”.
De acordo com o presidente, seria mais vantajoso recuperar terras degradadas e reflorestar as áreas para, posteriormente, cortar as árvores.
“Nós temos que dizer pra eles que se eles quiserem cortar madeira para fabricar móveis, eles peguem essa terra degradada que são quase 40 milhões de hectares, façam o manejo, recupere essa terra, plante a árvore que ele quiser, corte quando ele quiser, faça os móveis que ele quiser, mas ele não tem o direito de derrubar uma árvore que tem 300, 400 mil anos, que é uma propriedade da humanidade”, completou.
Apesar da declaração, Lula teve dificuldades para emplacar a pauta ambiental nos primeiros sete meses de mandato, quando inclusive se registraram recordes de desmatamento.
No evento, Lula também homologou a demarcação de duas terras indígenas. O petista assinou decretos que oficializam as terras indígenas Rio Gregório (no município de Tarauacá, estado do Acre) e Acapuri de Cima, na cidade de Fonte Boa, no estado do Amazonas.
Lula ainda assinou outros dois decretos que têm como objetivo criar um “corredor ecológico” na fronteira com a Venezuela. De acordo com o Planalto, os decretos instituem unidades de conservação (UC) que atuarão como “redutoras de pressões” sobre o território Yanomami.
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