O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou na manhã desta segunda-feira (16) com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, sobre as eleições previstas para o ano que vem no país vizinho. A informação foi divulgada pelo Palácio do Planalto. Os dois conversaram por cerca de 30 minutos.
Segundo o governo brasileiro, Lula “solicitou informações” sobre o processo de negociação entre o governo local e a oposição, tratativas sobre uma possível suspensão das sanções econômicas dos Estados Unidos contra a Venezuela, retomada da exportação de energia elétrica da Venezuela para o Brasil, e medidas para facilitar o comércio na fronteira.
Além disso, o Planalto informou que Maduro e Lula conversaram sobre propostas para a retomada do pagamento da dívida bilateral da Venezuela com o Brasil. Durante o telefonema, Maduro indicou que encaminhará nos próximos dias uma sugestão para o tratamento das cargas brasileiras retidas na fronteira e os concordaram em acelerar a negociação de um Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos, que representa alternativa aos tradicionais acordos bilaterais de investimentos.
No último dia 3, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, dominado pelo chavismo, disse ter “competência exclusiva” para organizar eleições no país, sugerindo abrangência sobre as primárias da oposição, marcadas para o próximo dia 22, e, consequentemente, que não vai reconhecer o processo se ele não tiver sua participação direta. O órgão tentou adiar as primárias para definir o candidato que enfrentará o ditador Nicolás Maduro na eleição presidencial de 2024, mas a oposição rejeitou a proposta.
Nesta segunda (16), o presidente brasileiro também tratou sobre eleições na Argentina e determinou o envio a Buenos Aires de um assessor para acompanhar a votação marcada para este domingo (22). O assessor Alexandre Pupo Quintino foi indicado pelo governo e vai participar do Programa de Visitantes Internacionais para as Eleições Gerais da Argentina 2023.
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