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Crítica da oposição

Lula diz que quem critica governo “não vale uma titica de cachorro” e cobra mais empenho da base

Lula
Presidente ainda cobrou deputados da base a defenderem mais o governo das "porradas" que leva na Câmara. (Foto: reprodução/Canal Gov)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disparou contra os críticos ao governo e cobrou os deputados da base a se pronunciarem mais e defendê-lo nas discussões na Câmara dos Deputados.

A fala foi dada durante uma viagem à Feira de Santana (BA) onde anunciou investimentos em rodovias e habitação. O discurso ocorreu pouco depois dar uma entrevista a uma rádio local em que voltou a reclamar do Banco Central e afirmou que o MST “faz tempo” que não invade terras.

Lula elogiava a atuação dos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Jaques Wagner (PT-BA) quando cobrou os deputados da base a defenderem mais o governo.

“A bancada só precisa aprender a defender mais a gente das porradas que a gente toma. Nós, muitas vezes, não gostamos de enfrentar o debate, e aquele microfone [do plenário] é feito pra gente debater. Não há nada que a gente não tenha que dar resposta. A gente não tem que levar desaforo pra casa, porque quem nos critica não vale uma titica de cachorro”, disparou Lula.

Lula seguiu no ataque à oposição afirmando que “por muito menos que a gente faça, a gente já faz mais do que eles, muito mais”. Os disparos aos críticos seguiram no discurso em Feira de Santana, em que o presidente afirmou que os adversários “estão muito nervosos” após terem sido derrotados na última eleição.

Para ele, o tempo que já passou de governo – 1 ano e 6 meses – é muito rápido para quem está no poder, mas devagar para quem perdeu. “Pra gente que ganha as eleições, o mandato passa muito rápido. Mas, pra quem perde, é eterna a derrota”, disparou Lula.

“E eu quero dizer para vocês que nunca mais eles voltarão a fazer com que o ódio prevaleça nesse país. Esse país não é o país do ódio, da mentira, da leviandade. Esse país é um povo religioso, amável, que tem solidariedade, compaixão, que gosta de ajudar o próximo”, disse o presidente emendando que só voltou ao poder graças “à mão de Deus”.

A menção à religiosidade começou a aparecer mais nos discursos de Lula ao longo do primeiro semestre, quando as pesquisas de avaliação do governo apontaram números mais negativos principalmente entre os evangélicos.

Ainda no discurso, Lula voltou a citar que o governo está agora “colhendo” o que plantou ao longo do ano passado do que foi supostamente destruído pela gestão anterior e que ele é o povo no poder. “Se vocês se acomodarem, eu me acomodo”, pontuou.

“Quem é que pode ter me trazido aqui? Deus e vocês, é isso que as pessoas têm que saber. Quando quiserem me xingar, podem me xingar que não sou eu. Eu sou vocês”, disse Lula em tom de palanque.

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