![Lula critica ONU e diz que conselho de segurança precisa ser revisto Lula](https://media.gazetadopovo.com.br/2023/08/08101339/lula-live-08-08-2023-foto-reproducao-canal-gov-1-960x540.jpg)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a Organização das Nações Unidas (ONU) e os países mais desenvolvidos do mundo por conta de conflitos e da falta de investimentos em políticas ambientais, durante a live semanal desta terça (8).
O programa, transmitido pouco antes da abertura da Cúpula da Amazônia, em Belém, foi baseado praticamente inteiro nas discussões ambientais. E, neste contexto, Lula criticou a atuação da ONU e das nações, citando que as guerras promovidas por Estados Unidos, Inglaterra e Rússia já consumiram US$ 2,2 trilhões em recursos que deveriam ter sido aplicados em políticas contra a fome, desemprego, mudança climática, etc.
Lula disse que espera que a cúpula seja um marco de “antes e depois” que leve até mesmo a uma revisão do Conselho de Segurança da ONU, em que ele defendeu, em seus governos anteriores, um assento permanente para o Brasil.
“Precisamos ter uma nova governança global, a ONU precisa ser remodelada, não pode continuar com a mesma estrutura de quando foi criada em 1945, é preciso que a gente tenha mais países [permanentes no conselho de segurança], africanos, da América Latina, asiáticos, como a Índia, a Alemanha, o Japão”, disse.
Ele defendeu, ainda, o fim do direito ao veto que os países membros do conselho têm, afirmando que eles próprios fazem guerra sem discutir e sem punições. “As últimas três guerras foram feitas por gente que é membro permanente do conselho de segurança. Estados Unidos com o Iraque, Inglaterra e França contra a Líbia, e agora o Putin na Ucrânia”, completou.
O presidente diz que os países que supostamente apoiam os conflitos levantam altas somas de dinheiro “de um dia para o outro”, mas que eles não tem o mesmo compromisso com o meio ambiente.
Lula afirmou que tem conversado com os líderes de vários países para que compareçam à COP 28 nos Emirados Árabes Unidos, no final de novembro, para que assinem uma carta-compromisso para novas políticas ambientais.
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