Lula cumprimenta o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh, na Etiópia.| Foto: Ricardo Stuckert / PR
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Antes de participar da abertura da 37ª Cúpula Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), na Etiópia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu neste sábado (17) com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh.

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"Falamos da necessidade da solução de dois estados e ele agradeceu a solidariedade e apoio do Brasil para um cessar-fogo imediato na região e o fim dos ataques que estão matando civis palestinos", informou Lula pela rede X.

Por meio de uma nota, o governo brasileiro informou que Shtayyeh agradeceu o apoio de Lula ao povo palestino e pediu a abertura para a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Ele também afirmou que a Autoridade Palestina não possui ligações com o grupo terrorista Hamas, além de classificar a situação em Gaza como genocídio. "Se isso não é genocídio, não sei o que é", teria afirmado Shtayyeh para Lula.

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O primeiro-ministro da Palestina ainda elogiou o apoio do presidente Lula à denúncia da África do Sul à Corte Internacional de Justiça da ONU para apurar a acusação de que Israel comete genocídio em Gaza.

Shtayyeh também afirmou que a situação in loco é muito pior do que os números internacionais apontam. Além dos 30 mil mortos palestinos, afirmou que há 9 mil desaparecidos, sob os escombros de casas e prédios destruídos nos ataques israelenses.

Ao discursar na cúpula africana, Lula condenou a posição do Hamas no ataque de Israel e reforçou a atitude do governo brasileiro de ter nominado o ocorrido de “ato terrorista”, mas disse não haver explicações para o comportamento de Israel em matar mulheres e crianças a pretexto de derrotar o Hamas.