O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na noite de terça (2) que a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, não será candidata nas eleições de 2024 no Rio de Janeiro. Ela se filiou ao PT e era cotada para ser vice de Eduardo Paes (PSD) na chapa à reeleição, que tem Lula como apoiador.
Durante o discurso de filiação de Anielle, Lula mencionou que não costuma participar de eventos assim, mas que fez uma exceção para a ministra por ser irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. Ele a classificou como uma figura com potencial político significativo no estado do Rio de Janeiro.
“A Anielle é uma jovem e ela pode construir uma perspectiva política muito importante no estado do Rio de Janeiro. Eu tenho certeza, vou dizer por ela, sem falar com ela, que ela não tem nenhuma pretensão de disputar nenhum cargo agora em 2024. Ela quer ser ministra até o último momento”, afirmou o presidente.
Embora o PT seja apoiador de Paes na eleição municipal do Rio neste ano, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, enxergava a indicação de Anielle como vice com ressalvas, já que teria a pretensão de fazer o partido concorrer com uma chapa “puro sangue”.
Apesar da negativa para a corrida eleitoral de 2024, Lula não descartou a possibilidade de Anielle concorrer em eleições futuras. “É melhor ela começar a se preparar antes se tiver interesse em ser candidata a algo”, enfatizou.
Além disso, Lula incentivou a recém-filiada a se engajar nas atividades do PT, destacando a importância de participar de reuniões e debates do partido. “É importante que frequentasse algumas reuniões do PT, de alguns debates do PT. Porque você vai descobrir no PT uma coisa, sem nenhum demérito aos outros partidos deste país: não existe no mundo nenhum partido similar ao PT”, concluiu o presidente.
A filiação de Anielle ao PT no Rio ocorreu horas depois de Lula participar de duas solenidades na capital fluminense. Pela manhã, ele inaugurou o primeiro curso de graduação do Impa Tech, onde afirmou que nunca conheceu “nenhum momento de negacionismo” como o que o país vive hoje.
E, no segundo ato, durante uma cerimônia em Niterói (RJ), criticou a venda de ativos da Petrobras realizada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), afirmando que pegou o país “desmontado”.
A crítica ao ex-presidente foi feita na cidade em que o líder da oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PL-RJ), é pré-candidato à prefeitura nas eleições deste ano.
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