O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que Cuba é “vítima de um embargo econômico ilegal” dos Estados Unidos. O mandatário discursou neste sábado (16) na Cúpula do G77, grupo que conta hoje com 134 países do chamado Sul Global. O petista rechaçou a “inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo”.
“É de especial significado que, neste momento de grandes transformações geopolíticas, esta Cúpula seja realizada aqui em Havana. Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral. Rechaçamos a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo”, disse Lula.
A diplomacia brasileira tem histórico de oposição a embargos econômicos, entretanto, em 2019, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), votou a favor do embargo econômico, comercial e financeiro a Cuba durante a Assembleia Geral da ONU.
Lula ainda cobrou os países ricos por “dívida histórica” pelo aquecimento global. “Temos de aproveitar o patrimônio genético da nossa biodiversidade, com repartição justa dos benefícios, resguardando a propriedade intelectual sobre nossos recursos e conhecimentos tradicionais”, apontou.
“Vamos promover a industrialização sustentável, investindo em energias renováveis, na socio-bio-economia e na agricultura de baixo carbono. Faremos isso sem esquecer que não temos a mesma dívida histórica dos países ricos pelo aquecimento global… É por isso que o financiamento climático tem de ser assegurado a todos os países em desenvolvimento, segundo suas necessidades e prioridades”, acrescentou.
O presidente também criticou a “governança mundial” citando a ONU. “O G77 foi fundamental para expor as anomalias do comércio global e para defender a construção de uma Nova Ordem Econômica Internacional. Infelizmente, muitas das nossas demandas nunca foram atendidas. A governança mundial segue assimétrica. A ONU, o sistema Bretton Woods e a OMC estão perdendo credibilidade”, afirmou.
“Não podemos nos dividir. Devemos forjar uma visão comum que leve em consideração as preocupações dos países de renda baixa e média e de outros grupos mais vulneráveis”, completou o petista. Lula disse também que "multinacionais possuem um modelo de negócios que acentua a concentração de riquezas" ao falar sobre a revolução digital.
“Grandes multinacionais do setor de tecnologia possuem modelo de negócios que acentua a concentração de riquezas, desrespeita leis trabalhistas e muitas vezes alimenta violações de direitos humanos e fomenta o extremismo. Corremos riscos que vão da perda de privacidade ao uso de armas autônomas, passando pelo viés racista de muitos algoritmos”, apontou.
Após visitar Cuba, Lula seguirá para Nova York, nos Estados Unidos, onde fará o primeiro discurso na abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), na próxima terça-feira (19).
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