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Lula diz que guerra entre Israel e Hamas é “genocídio”

Presidente Lula durante o lançamento do Conselho da Federação, nesta quarta-feira (25). (Foto: Ricardo Stuckert)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quarta-feira (25) que o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas no Oriente Médio é um “genocídio”.

“Não é uma guerra, é um genocídio que já matou quase 2 mil crianças que não têm nada a ver com essa guerra, são vítimas dessa guerra. E sinceramente, eu não sei como um ser humano é capaz de guerrear sabendo que o resultado dessa guerra é a morte de crianças inocentes”, disse o presidente durante a primeira reunião do Conselho da Federação (saiba mais abaixo), no Palácio do Planalto.

Na ocasião, Lula afirmou que deve conversar com o emir do Catar, Tamim bin Hamad, sobre o confronto no Oriente Médio. "Tenho um telefonema com o emir do Catar, para ver se encontro alguém capaz de conversar com alguém, primeiro para liberar os brasileiros que estão retidos na Faixa de Gaza. Segundo, [porque] é muito grave o que está acontecendo neste momento no Oriente Médio”, disse.

Cerca de 30 brasileiros que estão na Faixa de Gaza aguardam resgate, mas há um impasse entre as autoridades sobre a abertura da fronteira com o Egito.

Segundo a assessoria do governo, Lula já conversou com líderes de diversos países, incluindo Israel, Autoridade Palestina, Egito, Irã, Turquia, França, Rússia e Emirados Árabes, com o objetivo de mediar uma solução para o conflito.

Conselho da Federação

O Conselho da Federação, um órgão criado para reunir governo federal, governadores e representantes de entidades municipalistas, foi instalado pelo presidente Lula, nesta quarta-feira (25), no Palácio do Planalto.

O Conselho foi criado em abril deste ano com o objetivo de incentivar estratégias conjuntas entre União, estados e municípios para implementar ações que incentivem o desenvolvimento econômico sustentável e a redução das desigualdades sociais e regionais

Após a instalação, ocorreu a primeira reunião presidida por Lula com as presenças do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que será o secretário-geral, e dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento).

Na abertura da reunião, Lula ressaltou a importância de se ter uma relação positiva entre os entes federados para evitar divergências pessoas e partidárias. O petista também fez menção ao conflito no Rio de Janeiro e o comparou ao conflito entre Israel e Hamas.

"Era muito fácil eu ficar vendo aquelas cenas que ontem apareceram na televisão e antes de ontem, que parecia a própria Faixa de Gaza de tanto fogo e de tanta fumaça, e dizer 'é um problema do Rio de Janeiro, é um problema do prefeito Eduardo Paes, é um problema do governador Castro'. Não. É um problema do Brasil. É um problema nosso que nós temos que tentar encontrar a solução", disse.

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