O presidente eleito Lula (PT) afirmou que os povos indígenas não são tratados como humanos, mas como números e garantiu que dará uma atenção especial em seu governo para mudar esse cenário, prometendo mais uma vez a criação de um ministério específico para cuidar do tema. O petista falou nesta quinta-feira (17) durante o Fórum Internacional dos Povos Sobre Mudança Climática, na COP27, realizado no Egito.
“Eu participei de todas as reuniões do G8 quando fui presidente da República, eu participei de todas as reuniões do G20, depois da crise de 2008. E a coisa que eu mais sentia é que não se falava dos problemas da sociedade nessas reuniões. Quando se reúnem os presidentes dos países ricos, as pessoas pobres não existem. Os indígenas não existem. Os negros não existem. A periferia não existe. Por que esse não é um assunto levado para a mesa de discussão”, criticou Lula.
“No fundo, o povo pobre e os indígenas não são tratados como se fossem humanos, mas números. Não são levados em conta quando você faz o orçamento de um país, quando você distribui as finanças”, disse Lula. “É essa visão que nós temos que mudar. As vezes dá impressão de que os indígenas estão devendo favor à supremacia branca por existirem. Quando na verdade foram eles (brancos) que intrometeram onde vocês já moravam muito antes de saber que nosso país existia. Temos a obrigação moral, ética e política de fazer a reparação pelo que causaram aos povos indígenas, sobretudo no meu país”, afirmou o petista.
O presidente eleito prometeu ainda que irá criar uma área específica na saúde pública para cuidar dos povos indígenas. “Eu quero que os indígenas brasileiros participem da governança do meu país. Por isso estou criando o Ministério dos Povos Originários. Por isso vamos ter uma saúde pública especial, quem sabe dirigida pelos próprios indígenas (...) Para que a gente não veja um indígena como um estorvo ao desenvolvimento da sociedade ou como se fosse alguém que estivesse atrapalhando o desenvolvimento econômico de um país”, declarou Lula.
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