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A visita de Lula à Embaixada ocorre em meio ao apoio do Brasil à denúncia da África do Sul contra Israel pelo suposto crime de “genocídio” na Faixa de Gaza
A visita de Lula à Embaixada ocorre em meio ao apoio do Brasil à denúncia da África do Sul contra Israel pelo suposto crime de “genocídio” na Faixa de Gaza| Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Lula (PT) foi homenageado em jantar oferecido pelo embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, na noite de quinta-feira (8). A homenagem foi oferecida em nome do Conselho de Embaixadores Árabes no Brasil e dos Embaixadores dos Estados Membros da Organização de Cooperação Islâmica. O compromisso não estava previsto na agenda oficial do presidente.

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social (Secom), Lula chegou à Embaixada palestina, em Brasília, pouco antes das 19 horas. Na ocasião, o petista plantou uma árvore ao lado de Ibrahim Alzeben. O embaixador disse que o petista estaria “plantando esperança para o povo palestino e para o mundo”.

Além de Lula, participaram do jantar o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; de Relações Exteriores, Mauro Vieira; e da Justiça, Ricardo Lewandowski. Também estiveram presentes o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.

A visita à embaixada ocorre em meio ao apoio do governo Lula à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça da ONU contra Israel pelo suposto “genocídio” na Faixa de Gaza.

A decisão do governo Lula de apoiar a denúncia da África do Sul foi contestada por Israel, que disse estar “empenhado e operando de acordo com o direito internacional” em suas operações militares em Gaza na luta contra o grupo terrorista Hamas.

“Tanto em palavras como em atos, Israel deixou claro que os civis de Gaza não são seus inimigos. O Hamas, no entanto, declarou abertamente as suas intenções genocidas. A sua carta de fundação apela ao assassinato de judeus e os seus líderes declaram abertamente que o seu objetivo é perpetrar as atrocidades de 7 de Outubro 'repetidamente’”, disse a Embaixada de Israel em nota enviada à Gazeta do Povo.

No comunicado, a Embaixada de Israel também afirma que é “de excepcional importância que o Brasil leve em consideração” os termos que determinam o genocídio. “Segundo a definição da ONU para o termo genocídio, definições que o Brasil aprecia e trabalha à luz, o principal é a intenção. Israel não tem intenção de matar palestinos não envolvidos e evita isso tanto quanto possível, apesar das dificuldades apresentadas pelo Hamas na sua forma de operar, usando cidadãos não envolvidos como escudos humanos”, pontuou o órgão.

Na próxima semana, Lula participará do Congresso da União Africana (UA), marcado para acontecer entre os dias 17 e 18 de fevereiro, na Etiópia. A visita faz parte do desejo de Lula em criar uma maior aproximação com os países africanos. Em coletiva de imprensa nas últimas semanas, o petista disse que as viagens têm a intenção de "pagar a dívida histórica que o Brasil tem com a África".

Em seguida, Lula irá ao Egito, onde deverá discutir sobre uma possível solução de paz na Faixa de Gaza com o presidente egípcio, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi.

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