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Os presidentes Gustavo Petro, da Colômbia, e Lula.| Foto: Ricardo Stuckert/PR

Os presidentes Gustavo Petro, da Colômbia, e Luiz Inácio Lula da Silva anunciaram que não reconhecerão os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) das recentes eleições na Venezuela, que deram vitória ao ditador Nicolás Maduro.

Em uma declaração conjunta divulgada no sábado (24), os governos de Brasil e Colômbia expressaram preocupações sobre a legitimidade do processo eleitoral venezuelano e pediram a divulgação imediata das atas de votação.

"Ambos os presidentes permanecem convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis", diz a nota.

Os governos Lula e Petro pedem ainda que "todos os envolvidos" na crise política da Venezuela "evitem recorrer a atos de violência e à repressão".

Brasil e Colômbia dizem ainda que "tomam nota" da decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela sobre o processo eleitoral, mas continuam "a aguardar a divulgação das atas desagregadas por seção de votação".

Por outro lado, ambos os governos "manifestam também sua total oposição à continuada aplicação de sanções unilaterais como instrumento de pressão", como fizeram, por exemplo, os Estados Unidos. "Sanções unilaterais são contrárias ao direito internacional e prejudicam a população dos países sancionados, em especial as camadas mais vulneráveis", diz a declaração conjunta.

Confira na íntegra a declaração conjunta de Lula e Petro

DECLARAÇÃO CONJUNTA DE BRASIL E COLÔMBIA  

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro mantiveram ontem e hoje (23 e 24/8) conversas telefônicas sobre a questão das eleições presidenciais na Venezuela.   Ambos os presidentes permanecem convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis.

A normalização política da Venezuela requer o reconhecimento de que não existe uma alternativa duradoura ao diálogo pacífico e à convivência democrática na diversidade.   Os dois presidentes conclamam todos os envolvidos a evitar recorrer a atos de violência e à repressão.

Como países vizinhos diretamente interessados na estabilidade da Venezuela e da região, e testemunhas dos Acordos de Barbados, Brasil e Colômbia mantêm abertos seus canais de comunicação com as partes e reiteram sua disposição de facilitar o entendimento entre elas.

Brasil e Colômbia tomam nota da decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela sobre o processo eleitoral. Reiteram que continuam a aguardar a divulgação, pelo CNE, das atas desagregadas por seção de votação. E relembram os compromissos assumidos pelo governo e pela oposição mediante a assinatura dos Acordos de Barbados, cujo espírito de transparência deve ser respeitado.

Manifestam também sua total oposição à continuada aplicação de sanções unilaterais como instrumento de pressão. Compartilham o entendimento de que sanções unilaterais são contrárias ao direito internacional e prejudicam a população dos países sancionados, em especial as camadas mais vulneráveis.

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