Lula comemorou a vitória da centro-esquerda francesa contra a direita e disse ser inspiração para a América do Sul.| Foto: Fábio Charles Pozzebom/Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou neste domingo (7) a vitória da esquerda na eleição legislativa da França, que derrotou a direita de Marine Le Pen e que havia liderado a disputa no primeiro turno com votação histórica.

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A comemoração ocorre após o silêncio de Lula sobre o resultado da semana passada, em que a direita francesa teve uma vitória conquistando 33% das cadeiras do parlamento do país. No entanto, para o segundo turno, o centro e a esquerda fizeram uma aliança para segurar o avanço da direita.

“Muito feliz com a demonstração de grandeza e maturidade das forças políticas da França que se uniram contra o extremismo nas eleições legislativas de hoje [domingo, 7]”, disse Lula.

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Para ele, a vitória dos esquerdistas na França e do partido trabalhista no Reino Unido “reforça a importância do diálogo entre os segmentos progressistas em defesa da democracia e da justiça social”. “Devem servir de inspiração para a América do Sul”, pontuou.

Na eleição da semana passada, o partido de Le Pen, Reunião Nacional, obteve 33% dos votos, seguido pela Nova Frente Popular, uma aliança de partidos de esquerda, com 28%. O bloco centrista do presidente Emmanuel Macron ficou em terceiro, com 20%.

A estratégia da esquerda e centro para conter o avanço da direita incluiu a retirada de mais de 200 candidatos moderados em favor de concorrentes mais competitivos contra Le Pen. A iniciativa foi apoiada por figuras públicas como o ex-jogador Raí e o capitão da seleção francesa, Mbappé.

Pesquisas de intenção de voto indicavam que a aliança entre esquerda e centro poderia alcançar uma maioria absoluta de 289 cadeiras no Parlamento francês, suficiente para indicar um primeiro-ministro. Esse cenário criaria um governo de coabitação, onde o presidente e o premiê, de coalizões opostas, governariam juntos, como já ocorreu em 1997.

Na época, Jacques Chirac, presidente de centro-direita, dissolveu o Parlamento buscando fortalecer sua maioria, mas acabou perdendo o controle para uma coalizão de esquerda.

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