Políticos da oposição criticaram, neste fim de semana, o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, venha ao Brasil para a cúpula do G20 em 2024 e a garantia que o petista deu de que o russo, acusado de crimes de guerra, não será preso em solo brasileiro.
O senador Sergio Moro (Podemos-PR) disse que as declarações demonstram que "o Brasil de Lula está alinhado internacionalmente com as autocracias, não com as democracias ocidentais". O ex-deputado Deltan Dallagnol também comentou. Para ele, Lula demonstra que está acima da lei e que, em seu governo, o Brasil é amigo de ditadores sanguinários.
O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) afirmou, por sua vez, que, ao dizer que Putin não será preso no Brasil, Lula estaria desafiando o Tribunal Penal Internacional. A corte emitiu um pedido de prisão internacional contra o presidente russo por crimes de guerra cometidos na Ucrânia. Desde então, Putin não tem comparecido a eventos internacionais, como a cúpula do G20 realizada neste fim de semana em Nova Déli, capital da Índia.
"Lula, ao dizer que Putin não seria preso no Brasil, não só desafia o Tribunal Penal Internacional, como também dá um recado ao mundo democrático: o Brasil está ao lado dos autoritários que atentam contra o mundo livre", tuitou Kataguiri.
A declaração de Lula sobre Putin foi feita em entrevista ao canal indiano Firstpost. "Ele será convidado, porque no ano que vem terá o Brics na Rússia, antes do G20 no Brasil. E eu vou", disse Lula. "No Brasil a gente gosta de música, de Carnaval, de futebol, mas a gente gosta de paz e gosta de tratar as pessoas bem. Então, eu acho que o Putin pode vir tranquilamente para o Brasil. Eu posso dizer que se eu for presidente do Brasil, não há por que ele ser preso", afirmou.
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