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“Lula evita se posicionar sobre assuntos sensíveis e se esquiva de cobranças”, diz deputado

Lula recebeu Maduro no Palácio do Planalto com honras de Estado em 2023 (Foto: EFE/ Andre Borges)

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O deputado Hélio Lopes (PL-RJ) criticou o comentário do presidente Lula (PT) sobre o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que falou em “banho de sangue” e “guerra civil” se a oposição venezuelana ganhar as eleições marcadas para o próximo domingo (28).

Pela rede social X, nesta terça-feira (23), o deputado disse que “Lula sempre evita se posicionar sobre assuntos sensíveis a sua base e assim vai se esquivando de cobranças”.

Lula deu a declaração sobre Maduro durante entrevista concedida a agências de notícias, na segunda-feira (22), no Palácio do Planalto.

"Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora", afirmou Lula

Lula também disse que o Brasil enviará observadores e o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, para acompanhar as eleições venezuelanas.

 "Se o Maduro quiser contribuir para resolver a volta do crescimento na Venezuela, a volta das pessoas que saíram da Venezuela e estabelecer um Estado de crescimento econômico, ele tem que respeitar o processo democrático", completou Lula.

Na terça-feira (16), ao discursar durante um ato de campanha, Maduro disse que “o destino da Venezuela, no século 21, depende da vitória” da sua candidatura.

Lula disse já ter alertado Maduro sobre a importância das próximas eleições.

"Eu já falei para o Maduro duas vezes, e o Maduro sabe, que a única chance da Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo o mundo", afirmou Lula.

Desde que retornou à Presidência, Lula tem defendido o regime venezuelano e a proximidade com Maduro.

Na semana passada, ao discursar durante cerimônia para anúncio de investimentos em obras, em São José dos Campos (SP), Lula comparou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a um ditador e defendeu a relação do seu governo com as ditaduras da Venezuela e da Nicarágua comandadas, respectivamente, por Nicolás Maduro e Daniel Ortega.

Ano passado, ao defender o regime de Maduro, o presidente Lula disse que “o conceito de democracia é relativo” e que “a Venezuela tem mais eleições do que o Brasil”.

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