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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, neste sábado (10), com cerca de 130 candidatos do Partido dos Trabalhadores que vão concorrer a prefeituras nas eleições municipais. Foram selecionados postulantes das capitais e principais cidades do país para tirar fotos com o mandatário. A sessão ocorreu na sede da legenda, na região central de Brasília.
Além de candidatos filiados ao partido, candidatos de outras legendas que o PT tem apoiado também foram convidados para fazer fotos ao lado de Lula. Entre os partidos filiados, estão os candidatos do MDB, PSOL e PSB.
No entanto, o PT não confirmou quais nomes participaram da produção e nem como foi a presença de Lula nas imagens. A expectativa é de que as fotos sejam usadas na campanha eleitoral, permitida a partir do dia 15 de agosto e que ele é tido como o principal cabo eleitoral dos candidatos.
A corrida eleitoral de outubro tem pesado para a legenda do presidente Lula, que tenta recuperar a derrota do pleito de 2020 quando não conseguiu eleger candidatos para nenhuma capital brasileira. Em busca de um resultado melhor neste ano, o partido abriu mão de lançar candidatos próprios em algumas capitais brasileiras.
Com 11 candidatos filiados ao partido, a legenda também tem apostado no apoio a postulantes de centro e de direita, além de apoiar nomes de partidos da mesma linha ideológica. Além de buscar um resultado melhor que o das eleições passada, a estratégia visa barrar aqueles que são apoiados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além de candidatos do PT e de partidos aliados, a visita de Lula à sede da legenda também teve a presença dos ministros Sonia Guajajara (Povos Indígenas), Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência) e Paulo Pimenta (Reconstrução do RS), e a presidente da Funai, Joênia Wapichana, com uma comitiva de lideranças Guarani-Kaiowá para "tratar do conflito no Mato Grosso do Sul, que se intensificou nos últimos dias", como ele postou nas redes sociais.
No início de agosto, o Ministério dos Povos Indígenas recebeu denúncias de ataques contra os Guarani-Kaiowá no município de Douradina (MS). Os confrontos ocorreram após a retirada da Força Nacional da Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica.
Em resposta à escalada de violência, o ministério criou uma Sala de Situação para monitorar os conflitos e ampliar a segurança nos territórios delimitados pela Funai. A Comissão Especial de Conciliação, designada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também retomou as discussões sobre o marco temporal para a demarcação de terras indígenas, tese que define que os povos só teriam direito às terras até a data de promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988.