A reclamação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que não come bem durante os eventos oficiais nas viagens internacionais não caiu bem na imprensa mundial. A gafe foi cometida durante a live semanal da última terça (27) enquanto conversava sobre amenidades das mais recentes visitas a outros países.
Lula reclamou que falta “fartura” na “comida de palácios”, com destaque às últimas viagens que fez à Itália e à França, de que a “comida não é tão boa assim”, com porções pequenas. “Tudo restrito, não tem uma 'bandejona' para você escolher”, afirmou.
A reclamação contra as comidas da França e da Itália ganhou as manchetes do jornal Washington Post e da agência Bloomberg, enquanto que a italiana Askanews disse que “segundo o presidente do Brasil, Lula, ‘come-se muito pouco no Élysée e no Quirinale [sedes dos governos francês e italiano, respectivamente]’”.
As pequenas porções servidas no palácio italiano foram o destaque do jornal italiano Il Tempo, de que “Lula não esconde a decepção: porções pequenas em almoço no Quirinale”, enquanto que a Radiofrance noticiou que “Lula não gostou da gastronomia francesa e italiana”.
“Almocei com o [presidente francês Emmanuel] Macron e com o presidente [da Itália, Sérgio] Mattarella, duas comidas de palácio que não são essas coisas. Em lugar nenhum do mundo a comida de palácio é boa. Tenho brigado com o Itamaraty para melhorar a comida, porque tem dia que a comida não está boa”, disse durante a live.
O presidente ainda disse que não consegue ir a restaurantes para provar outras comidas fora do que é previsto pelo cerimonial dos eventos. “Eu não tenho liberdade de ir em restaurantes e ficar escolhendo o que eu vou comer. Ou eu como em hotel, ou como onde sou convidado”, reclamou ressaltando que a “comida de hotel também não é tão boa”.
A reclamação contra as comidas servidas nas residências oficiais estrangeiras ocorreu um dia depois de Lula receber o presidente argentino Alberto Fernández no Palácio Itamaraty, que teve uma recepção com cardápio preparado pela chef Elisa Fernandes, vencedora da primeira edição do reality show “Masterchef Brasil”.
“Não me acostumo. Preciso de quantidade. Pode ser guloseima [gulodice] da minha parte, mas gosto de quantidade, uma rabada, uma galinhada, um frango com quiabo, uma costelinha de porco frita... Não tem nada melhor. E lá fora a gente não encontra muito dessas coisas. Lá é tudo muito sofisticado e, às vezes, a gente fica até sem saber o que é”, completou na live a reclamação.
Lula disse, ainda, que vai convidar mais chefs brasileiros a servirem pratos típicos nas recepções a delegações estrangeiras.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF