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Lula chama governo Bolsonaro de “praga de gafanhotos” em anúncio no CE

Lula
Presidente diz que gestão de Bolsonaro foi um "desgoverno" que "comeu esperanças do povo". (Foto: reprodução/Canal Gov)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de “praga de gafanhotos” ao anunciar um pacote de investimentos voltados à educação e saúde no Ceará, no começo da tarde desta quinta (20) em Fortaleza.

Em tom de palanque eleitoral, Lula falava sobre a necessidade de se investir principalmente na educação superior do país e que sonhava em ir para a faculdade, mas que apenas frequentou o curso técnico para ser torneiro mecânico e chegou à presidência.

Já ao fim do discurso, afirmou que estava acordado desde às 5h30 para viajar do Rio de Janeiro a Fortaleza e criticou quem diz que ele estaria cansado por causa da idade, de 78 anos. A crítica ao governo Bolsonaro veio logo na sequência, ao anunciar o próximo evento que participa à tarde, de entrega de um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida.

“Eu não canso trabalhando, eu canso é ouvindo bobagem da fake news que os adversários contam. [...] Vocês vejam como é o desgoverno, esse conjunto poderia ter sido inaugurado em 2018, faltava 2% pra acabar. Pois entrou uma praga de gafanhotos pra governar esse país, comeu todas as esperanças do povo e não inaugurou”, atacou Lula.

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Ele ainda ressaltou que a entrega das chaves do conjunto “Cidade Jardim 3”, na própria capital cearense, vai ocorrer “com 8 anos de atraso” – na verdade são seis anos entre 2018 e 2024.

Greve dos professores das federais

Por outro lado, embora tenha anunciado recursos para a educação superior no Ceará, Lula silenciou sobre a greve dos professores e servidores técnico-administrativos que já dura mais de dois meses. A última rodada de negociação, na semana passada, não avançou.

O petista falou da paralisação mais cedo em entrevista à rádio Verdinha, de Fortaleza, afirmando que ainda há espaço para conversa e negociação. No entanto, se disse ressentido por falta de agradecimento ao que já foi oferecido.

“Oferecemos em média entre 28% e 43% de reposição das pessoas. Fizemos muitos benefícios. Apresentamos um pacote e demos 9% antecipado ano passado. Eu, às vezes, fico triste porque ninguém agradeceu pelos 9% e estão fazendo uma greve dizendo que é por 4,5%, que nós não demos nada esse ano. Se a gente não deu porque a gente não pode dar, isso não significa que a gente não possa nos anos seguintes dar mais do que os 4,5%”, disse.

Ele falou, ainda, que greve é um assunto que gosta de discutir e que “todo e qualquer movimento de trabalhadores tem o direito de fazer greve, de reivindicar. O que as pessoas não podem esquecer é o que já foi feito, o que foi oferecido”.

No evento do começo da tarde, Lula e Camilo anunciaram um investimento de R$ 778,9 milhões do Novo PAC para a expansão e consolidação de institutos federais de ensino e saúde no Ceará. Os recursos serão aplicados nas universidades federais do Ceará (UFC), Cariri (UFCA), Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).

Também foram foram lançadas as pedras fundamentais do novo Hospital Universitário da UFC e do Hospital Universitário do Cariri (UFCA), do Campus Iracema da UFC em Fortaleza, do campus da Unilab em Baturité e de quatro novos campi do IFCE, dois em Fortaleza (Messejana e São Gerardo), e os outros dois nos municípios de Mauriti e Campos Sales.

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