Lula ainda ressaltou que a economia brasileira e a educação foram destruídos após terminar o segundo mandato, em 2010.| Foto: reprodução/Canal Gov
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou o ato de governar o país com o de jogar um jogo de palitos, em que cada um deles representa uma parte da sociedade com diferentes interesses. A comparação foi feita na manhã desta terça (23) em que afirmou que o mais sensível dos palitos é comparável como o povo que, se mexer, acaba desestabilizando todo o resto – como ricos, fazendeiros, classe média-alta, entre outros.

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“Nós resolvemos mudar a lógica desse jogo de palito, em que precisa ter coragem de mexer com o palito chamado povo para tirar dessa submissão que ele é colocado a vida inteira”, disse. Para ele, o “povo pobre não é problema, é solução na hora que eles participem do processo de desenvolvimento”.

A comparação foi feita durante o anúncio de R$ 79,3 milhões para a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo. O montante será aplicado, entre outros campi, na estrutura da unidade Lagoa do Sino, em Buri (SP), como parte do Novo PAC.

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Ainda no discurso, Lula afirmou que o local em que o campus Lagoa do Sino está instalado foi doado pelo escritor Raduan Nassar, algo incomum no Brasil. Repetiu, ainda, que dinheiro aplicado em educação “é investimento, e não gasto”, como costuma reafirmar nos discursos em que normalmente contesta a necessidade de corte de gastos.

“O que fizeram nos últimos anos depois do impeachment da Dilma é um pouco do que o Netanyahu está fazendo em Gaza. [...] O país estava assim”, afirmou citando que o governo israelense já foi condenado pelo Tribunal Penal Internacional assim como condenou Vladimir Putin pela invasão russa à Ucrânia.

Lula também citou a recuperação que fez de programas como o Mais Médico, o Bolsa Atleta, a recomposição do orçamento da Capes para bolsas de estudos, a valorização real do salário mínimo, entre outros. O presidente ainda ressaltou que, desde que deixou a presidência da República em 2010, a indústria brasileira de carros diminuiu.

Ele ainda ressaltou que tudo no mundo é uma decisão política, como invadir ou sair da Ucrânia, atirar ou não nos palestinos, combate à fome, etc. “A política a gente não aprende na universidade, porque ela depende muito da sua cabeça, do seu dia a dia, da sua intuição, da sua consciência de classe”, pontuou.

“Tudo [desenvolvimento, economia e educação] desapareceu, porque trocaram tudo isso a troco da fake news, da mentira, da venda de armas para o povo comprar. O povo não quer arma, é o crime organizado que quer, os bandidos desse país. O povo não quer ficar armado, esse país retrocedeu”, disparou Lula ressaltando que restabeleceu as relações diplomáticas com outros países.

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Lula ainda ressaltou que “todo mundo quer vir para o Brasil” por conta da transição energética, biocombustíveis e fontes renováveis.

Pouco depois, ao fim do discurso, ressaltou que sempre que alguém achar que ele, algum de seus ministros ou qualquer outro político é ladrão, que essa pessoa se interesse em participar da política. "Porque o político honesto que você deseja está dentro de você, assuma o seu compromisso", completou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]