A Confederação Israelita do Brasil (Conib) condenação o apoio do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à ação proposta pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ) que acusa Israel de genocídio contra o povo palestino.
O embaixador palestino em Brasília, Ibrahim Alzeben, visitou o Palácio do Planalto na quarta (10) em busca do apoio brasileiro na ação, que será julgada nesta quinta-feira (11). A Conib classificou a iniciativa como “cínica e perversa”, alegando que busca impedir Israel de se defender de seus inimigos genocidas.
“Israel está apenas se defendendo de um inimigo, ele sim, genocida, que manifesta abertamente seu desejo genocida de exterminar Israel e os judeus. Nesta terrível guerra iniciada pelo Hamas, as forças de Israel tomam precauções que nenhum outro exército tomou para preservar a população civil, alertando sobre ataques em áreas urbanas, orientando civis a saírem da zona de conflito, permitindo ajuda humanitária”, disse a Conib em nota (veja na íntegra).
A entidade afirmou que a postura do governo brasileiro “diverge da posição de equilíbrio e moderação da política externa” e acusou a África do Sul de inverter a realidade com sua proposta.
Além disso, a Conib ressaltou que o conflito teve início com um ataque do grupo terrorista Hamas a Israel em outubro do ano passado, que levou à morte “indiscriminada e barbaramente de mais de 1,2 mil pessoas, no ataque mais mortal contra o povo judeu desde o Holocausto”.
Em resposta ao gesto diplomático do embaixador palestino, o Ministério das Relações Exteriores justificou que Lula manifestou apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a CIJ, buscando que Israel cesse imediatamente alegados atos genocidas, citando “flagrantes violações ao direito internacional humanitário”.
O apoio de Lula à ação sul-africana é uma continuação de uma série de críticas que tem feito ao estado israelense desde o ano passado, em que, diversas vezes, igualou o contra-ataque ao Hamas como “terrorismo”. Em um discurso, chegou a dizer que Israel está promovendo um “genocídio”.
“Não se trata de ficar discutindo quem está certo, quem está errado, de quem deu o primeiro tiro, quem deu o segundo. O problema é o seguinte aqui: não é uma guerra, é um genocídio que já matou quase 2 mil crianças que não têm nada a ver com essa guerra, que são vítimas dessa guerra”, afirmou.
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