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Lula
Lula deu a declaração na segunda aparição pública após a cirurgia, por videoconferência em evento do Bolsa Família.| Foto: João Risi/Secom

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a classificar os ataques do Hamas contra israelenses de “terrorismo” nesta sexta (20), na segunda aparição pública após a cirurgia que fez no quadril há três semanas. Apesar de reconhecer a gravidade da violência promovida pelo grupo, o presidente diz que a reação de Israel foi “insana”.

Lula, mais uma vez, não classificou enfaticamente o grupo como terrorista, apenas citou nominalmente o Hamas como autor dos ataques pela primeira vez. A declaração ocorreu durante o evento de comemoração dos 20 anos do programa Bolsa Família, em que participou por videoconferência do Palácio da Alvorada, onde se recupera da cirurgia.

“Hoje quando o programa [Bolsa Família] completa 20 anos, fico lembrando que 1,5 mil crianças já morreram na Faixa de Gaza. Que não pediram para o Hamas fazer ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel, mas também não pediram que Israel reagisse de forma insana e os matasse, exatamente aqueles que não têm nada a ver com a guerra”, disse o presidente ao lado da primeira-dama, Rosângela “Janja” da Silva.

Ele ainda manifestou solidariedade às vítimas da guerra da Rússia contra a Ucrânia, afirmando que “não é possível tanta irracionalidade, tanta insanidade, que as pessoas façam uma guerra tendo em conta que as pessoas que estão morrendo são mulheres, pessoas idosas, crianças”.

Logo após o evento, Lula disse nas redes sociais que volta a despachar no Palácio do Planalto na próxima semana. "Semana que vem já estarei no Palácio do Planalto a todo vapor", disse.

Tanto Lula como o governo vem sendo cobrados para classificarem enfaticamente o Hamas como um grupo terrorista, o que só deve acontecer, segundo a chancelaria brasileira, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) assim designar.

O presidente chegou a classificar os ataques como terroristas, mas não condenando enfaticamente o Hamas. O PT também não adotou essa designação na resolução do partido publicada no começo desta semana, e ainda acusou o exército israelense de estar fazendo um “genocídio” contra a população de Gaza.

A posição do PT gerou uma reação imediata da embaixada israelense no Brasil, que disse que o partido não tem moral para falar de direitos humanos em sua formação e, ao mesmo tempo, dar as declarações que fez.

A guerra entre Israel e o Hamas entrou no 14º dia desde os ataques do grupo terrorista no dia 7 de outubro, e já soma mais de 5 mil mortos. A região de Gaza segue sitiada pelo exército israelense e sem o acesso de ajuda humanitária, que deve ter uma permissão limitada ainda neste final de semana.

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