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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou nesta terça (8) os ataques ao governo de Israel por conta da reação contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza e ao Hezbollah no Líbano. Assim como em outros discursos no passado, disse que o país faz uma “chacina”.
Ele ainda criticou a “guerra da Rússia contra a Ucrânia”, um posicionamento direto contra o governo de Vladimir Putin como raramente fez desde o início do conflito no Leste europeu.
“Eu não me conformo com a guerra da Rússia contra a Ucrânia, não me conformo com a chacina que Israel está fazendo na Faixa de Gaza e agora a invasão no Líbano”, disse (veja na íntegra).
As críticas foram feitas durante a cerimônia de sanção do projeto de lei que instituiu o marco regulatório da Lei do Combustível do Futuro , que prevê investimentos na ordem de R$ 260 bilhões no agronegócio e na indústria, em programas de diesel verde, combustível sustentável para aviação e biometano, além de aumentar a mistura de etanol e de biodiesel à gasolina e ao diesel.
Lula ainda lembrou da operação de repatriação de brasileiros no Líbano que está em andamento – a “Raízes do Cedro” – que já trouxe 456 pessoas e que “vamos trazer todos que quiserem vim”.
“O mundo não precisa de guerra, de mentira, de fake news. O mundo precisa de trabalho, de harmonia, de investimento”, ressaltou.
Desde o agravamento da situação no Líbano, o Ministério das Relações Exteriores já recebeu cerca de 3 mil pedidos de resgate de brasileiros, principalmente da capital Beirute e do Vale do Bekaa. A operação de repatriação começou na semana passada e deve trazer, segundo a Aeronáutica, 500 pessoas por semana.
O alastramento do conflito entre Israel e o Hamas para além das fronteiras hebraicas começou a ser desenhado no dia 31 de julho, quando o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em uma viagem ao Irã. Isso fez com que o Hezbollah – aliado ao grupo terrorista de Gaza – intensificasse o contra-ataque aos israelenses.
Uma ação orquestrada fez com que pagers e walkie-talkies utilizados pelos extremistas explodissem, gerando uma reação, e dez dias depois o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque israelense a Beirute. Desde então, o Líbano está sob a ofensiva de Israel, e mais de um milhão de pessoas foram deslocadas devido ao conflito.