O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastou quase R$ 8 milhões (R$ 7,87 milhões) no cartão corporativo até agosto. O valor é um recorde para o período se comparado aos governos anteriores dos ex-presidentes Jair Bolsonaro (PL), Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT). Obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, os dados foram publicados no blog de Lúcio Vaz, na Gazeta do Povo.
De acordo com o levantamento, o valor gasto por Lula de janeiro a agosto representa 50% a mais do que o montante despendido por Bolsonaro no mesmo período em 2019 – R$ 5,2 milhões (com valores já atualizados pela inflação).
Vaz apontou ainda que junho foi o mês com o maior valor gasto por Lula no cartão corporativo. O montante ficou próximo de R$ 1,95 milhão. Foram pagas despesas das viagens para Roma, Paris, Japão e Londres, realizadas no mês anterior.
Segundo os dados das faturas do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) – ou Cartão Corporativo, como é mais conhecido – Lula tem gastado cerca de R$ 1 milhão, em média, por mês desde que assumiu o seu terceiro mandato presidencial. Os números são corrigidos pela inflação.
Entre outras despesas, o CPGF costuma ser usado para compra de materiais, prestação de serviços e abastecimento de veículos oficiais, custeamento da segurança do presidente em viagens e de eventos no Palácio da Alvorada.
Procurado pelo jornal Folha de S. Paulo para comentar o gasto recorde, o Palácio do Planalto informou que a maior parte da despesa está relacionada com as viagens de Lula ao exterior. O petista já fez 19 viagens internacionais nos oito primeiros meses de governo.
Governo se pronuncia
Na tarde desta segunda-feira, a Secretaria de Comunicação Social (Secom), do governo federal, enviou nota à imprensa sobre os gastos do cartão corporativo de Lula. O órgão afirma que a Presidência da República não gastou em 2023 mais do que a gestão anterior com o Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF). "As despesas pagas nos primeiros sete meses deste ano são inferiores aos valores registrados no ano passado, passando de R$ 8,8 milhões em 2022 para R$ 7,99 milhões em 2023", cita a nota.
"É importante destacar que a maior parte das despesas realizadas com o CPGF no exercício de 2023 refere-se a serviços de apoio de solo das aeronaves em viagens internacionais, resultado do intenso trabalho em curso pela atual gestão para retomar as relações diplomáticas do Brasil com o mundo, abandonadas nos últimos anos.
O objetivo é não só recuperar a imagem do país no exterior, como também restabelecer as relações comerciais com parceiros importantes, o que resulta na atração de investimentos estrangeiros em áreas estratégicas que contribuem diretamente para recuperação da capacidade do mercado interno brasileiro, impulsionando a geração de emprego e renda no Brasil", prossegue o comunicado da Secom.
O conteúdo foi atualizado às 21h12 com as informações obtidas por Lúcio Vaz, colunista da Gazeta do Povo, por meio da Lei de Acesso à Informação.
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