Presidente criticou a imprensa por divulgar expectativas de “negacionistas” sobre o crescimento da economia.| Foto: reprodução/Canal Gov
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a imprensa nesta quarta (5) durante um discurso sobre o lançamento de medidas voltadas ao enfrentamento às mudanças climáticas, em uma cerimônia no Palácio do Planalto.

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Lula afirmou que quem escreve editoriais e a primeira página dos jornais “têm errado” sobre as previsões da economia – em especial, desta vez, sobre o crescimento de 0,8% do PIB no primeiro trimestre deste ano.

Foi uma fala de improviso em que ele disse que não comentaria outros assuntos exceto as medidas anunciadas pela ministra Marina Silva, do Meio Ambiente. No entanto, não segurou a crítica e disse que “quem escreve editorial errou mais uma vez, quem faz a primeira página dos jornais têm errado mais uma vez”.

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“Alguns comentaristas têm errado, porque surpreendentemente o PIB cresceu mais do que os negacionistas divulgaram pela imprensa. E vai continuar crescendo mais”, completou.

O petista discursou logo após o anúncio das medidas feito por Marina Silva, e disse que não falaria para que temas como o próprio crescimento do PIB ou a “taxa das blusinhas” não ganhassem as manchetes mais do que o tema do meio ambiente.

A taxação das compras importadas online até US$ 50, em especial, tem sido um tema sensível para o governo, que entrou em atrito com o Legislativo por posições antagônicas – Lula é contra por conta da opinião popular, mas ministros como Fernando Haddad e Geraldo Alckmin são favoráveis – e após o relator da proposta, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), retirar o texto de votação na terça (4).

Isso fez com que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reagisse enfaticamente, afirmando que o projeto inteiro do Mover, o programa de mobilidade verde do governo, pode ser completamente derrubado se tiver que passar por nova votação na casa.

A taxação das compras estrangeiras entrou na proposta como uma emenda alheia ao tema – um “jabuti” –, mas acabou ficando após um acordo com o governo firmado diretamente com Lula para adotar o imposto de importação de 20% sobre os produtos.

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