O presidente Lula (PT)| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Nesta sexta-feira (21), ao conceder entrevista à rádio Meio, do Piauí, o presidente Lula (PT) disse que evitou radicalizar o processo de transição do governo de Jair Bolsonaro (PL) para não mostrar a “podridão” do que diz ter encontrado após vencer a eleição presidencial de 2022. 

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A declaração de Lula foi uma tentativa de justificar a dificuldade de articulação do governo com o Congresso. Segundo o presidente, ainda há um radicalismo desde a eleição em que Bolsonaro “tinha um projeto de poder autoritário”. 

O presidente ainda associou o suposto autoritarismo do governo anterior com a  nomeação de militares “da turma de Bolsonaro” para cargos estratégicos.

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“Aí, eu ganhei a eleição e não fizemos nenhum discurso radical durante a transição. Eu poderia ter mostrado toda a podridão do governo Bolsonaro e eu não quis mostrar, porque eu fui eleito para governar o país. O passado nós derrotamos, vamos tratar do futuro”, disse o petista durante a entrevista. 

Apesar da declaração, além de atacar e comparar constantemente as ações do seu governo com a gestão Bolsonaro, Lula já falou em “extirpar” opositores e em “f*** o Moro”, em referência ao ex-juiz da Operação Lava Jato e atual senador, Sergio Moro (União).

A revelação do seu desejo de vingança contra Moro aconteceu durante uma entrevista concedida pelo petista ao site Brasil 247, em 21 de março de 2023.

Na entrevista, Lula lembrou do seu tempo de detento na sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba (PR), e contou que quando esteve preso recebia visitas de procuradores preocupados com o seu bem-estar. 

Quando perguntado pelos procuradores se estava bem, Lula disse que respondia o seguinte: “Só vou ficar bem quando f*** o Moro”.  

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Sem se dar conta de que a entrevista transcorria ao vivo, Lula pediu para que os entrevistadores cortassem a palavra “f***”. Entretanto, o petista foi avisado de que não havia mais o que ser feito. Imediatamente, Lula emendou a conversa dizendo estar profundamente magoado com todos que fizeram parte da Lava Jato. 

Ao conceder entrevista coletiva, em Bruxelas, na Bélgica, no dia 19 de julho de 2023, o presidente Lula condenou a suposta agressão ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ocorrida no aeroporto de Roma e ameaçou “extirpar” todos os opositores em nome da paz e da civilidade.

“Nós precisamos punir severamente pessoas que transmitem ódio como o cidadão que agrediu o ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma. Um cidadão desse é um animal selvagem, não é um ser humano. O cidadão pode não concordar com uma pessoa, mas ele não tem que ser agressivo, ele não tem que xingar, ele não tem que desrespeitar. Ou seja, é possível a gente voltar à civilização [...] Essa gente que renasceu no neofascismo colocado em prática no Brasil tem que ser extirpada e nós vamos ser muito duros com essa gente para eles aprenderem a ser civilizados. Nós queremos paz, trabalho, emprego, educação, saúde e viver bem”, disse o petista em clara referência a apoiadores de Bolsonaro.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]