A ministra da Gestão, Esther Dweck, vai acumular as funções até a definição de um novo titular para o Ministério dos Direitos Humanos.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.
Ouça este conteúdo

O presidente Lula (PT) nomeou a ministra da Gestão, Esther Dweck, para comandar interinamente o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania após a demissão de Silvio Almeida. Em nota, o governo afirmou que Dweck vai acumular as funções até a definição de um novo titular para o MDHC.

CARREGANDO :)

Almeida foi exonerado após a organização Me Too Brasil relatar denúncias de suposto assédio sexual contra ele. O caso se tornou público após uma reportagem do portal Metrópoles. Ele nega e acionou a Justiça para investigar as acusações.

A ministra da Igualdade Racial, Annielle Franco, teria confirmado ao presidente e a outros ministros do governo que se sentiu assediada pelo ex-chefe da pasta dos Direitos Humanos.

Publicidade

Nesta noite, a ministra divulgou um comunicado e afirmou que "não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência". Ela reforçou que vai colaborar com as investigações.

“Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi”, disse a ministra, em nota divulgada nas redes sociais.

A Polícia Federal e a comissão de Ética da Presidência da República abriram procedimentos para investigar os fatos. Após ser demitido, Almeida disse que sua saída do governo será uma "oportunidade" para que possa provar sua inocência e se reconstruir.

"Nesta sexta-feira (6), em conversa com o Presidente Lula, pedi para que ele me demitisse a fim de conceder liberdade e isenção às apurações, que deverão ser realizadas com o rigor necessário e que possam respaldar e acolher toda e qualquer vítima de violência. Será uma oportunidade para que eu prove a minha inocência e me reconstrua", disse o ex-ministro.

"Braço direito" de Silvio Almeida pede exoneração

Após Silvio Almeida ser demitido, a secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Rita Cristina de Oliveira, pediu exoneração. O governo costuma nomear o “número 2” da pasta para assumir interinamente o comando.

Publicidade

A exoneração da secretária foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no mesmo ato que nomeou Esther Dweck. Oliveira estava no cargo desde o início da gestão Lula e era considerada o braço direito do ex-ministro.

No Instagram, a então secretária-executiva defendeu Almeida e compartilhou um vídeo com imagens dele cumprindo agendas da pasta. “Eu nunca vou soltar sua mão. Lealdade, respeito e admiração eternos”, disse Oliveira na legenda da postagem feita logo após a exoneração de Almeida.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]